Laiane Cruz
As inscrições para eleição do Conselho Municipal de Cultura de Feira de Santana vão até as 23h59 da próxima segunda-feira (22). E de acordo com o presidente da Comissão organizadora do pleito, Toinho Campos, toda a classe artística e a sociedade civil estão sendo mobilizadas a participar.
“A gente está mobilizando a classe artística para participar do conselho, dada a sua importância. O Conselho vai ajudar a desenvolver as políticas culturais do município e a participação da sociedade civil é indispensável nesse processo eleitoral. A gente visa mobilizar toda a classe artística para fazer um Conselho de Cultura forte, atuante, que esteja empenhado em fazer com que o Plano Municipal de Cultura seja cumprido e o orçamento do Fundo Municipal de Cultura seja usado através de várias políticas públicas de sustentação cultural”, informou o presidente da comissão.
Toinho Campos explicou que há duas modalidades de inscrição, para convidado e de eleitor. No site da prefeitura tem os dois formulários pra quem quer ser candidato a uma cadeira no conselho. As cadeiras são dos diversos seguimentos culturais, como teatro, música. O outro formulário é para os eleitores se cadastrarem. Será feita uma avaliação tanto para o eleitor quanto para o candidato a uma cadeira, após isso haverá a eleição.
“Com a pandemia a eleição será online e para aquelas pessoas que não tem muita habilidade com internet e computador, vai ter uma pessoa da Secretaria de Cultura com uma máquina disponível, com todos os protocolos. Então a forma de votação será online e também a gente está abrindo um ponto de votação e inscrição no Mercado de Arte Popular”, informou.
Segundo ele, o objetivo do conselho é propor políticas públicas e acompanhar o cumprimento pelo poder público do Plano Municipal de Cultural, que foi criado junto com a sociedade civil por 10 anos e se encerra em 2025, mas muita coisa do plano não foi cumprida ainda.
“Então temos que fiscalizar a ajudar o poder público a desenvolver políticas culturais em nossa cidade. A cultura é responsável por 2,6% do PIB nacional, emprega mais de 15 mil pessoas por ano e movimenta uma economia de mais de 160 milhões de reais no Brasil todo. Então a economia da Cultura é forte e pouco usada. Envolve empregos diretos e indiretos. É importante a sociedade civil participar do conselho, porque cada setor tem uma cadeira e existem muitas coisas nessas áreas que precisam ser revistas, como algumas coisas na área dos músicos que nos entristecem, por exemplo, a gente vê um artista consagrado tocar na Micareta e recebe 50% antes e só sobe no palco com os outros 50%, vai embora e não deixa nem um centavo na cidade. Já o artista da terra, que emprega e movimenta a economia, recebe com 30 ou 60 dias depois”, declarou.
Toinho Campos ressaltou que essa e outras situações precisam ser melhor trabalhadas e o Conselho Municipal de Cultura em cada um dos seus seguimentos vai ajudar nesse processo de melhorar a cadeia produtiva cultural.
“Para levar ao público de modo geral o produto cultural, que tem muita coisa por trás, tem a gestão, tem a economia, tem a indústria cultural, a economia criativa, as cidades criativas, são muitas coisas que circundam o mundo cultural e poucas pessoas têm conhecimento disso”, afirmou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade