O atraso na apresentação do relatório de uma auditoria contratada em agosto de 2018 pela Prefeitura de Feira de Santana, sobre os custos do transporte coletivo no município, tornou-se esta semana alvo de uma representação no Ministério Público. A medida é adotada pelos vereadores de oposição ao Governo Colbert Martins Filho – Professor Ivamberg e Sílvio Dias, ambos do PT, e Jhonatas Monteiro (PSOL). Eles pedem ao MP, se necessário judicialmente, que assegure o acesso ao documento, para divulgação pública.
A Prefeitura teria investido a quantia de R$ 797 mil na contratação da Deloitte Brasil Auditoria e Consultoria Empresarial, vencedora de processo licitatório para dar um diagnóstico quanto ao equilíbrio econômico-financeiro do vínculo entre Município e concessionárias Rosa e São João, responsáveis pelo transporte público.
O objetivo do estudo é proporcionar uma revisão no valor da tarifa de ônibus praticada em Feira de Santana, considerada cara pela população, e verificar se existe motivo para que essas empresas estejam alegando prejuízos na prestação do serviço, inclusive a impossibilidade de cumprir a implantação do BRT local. O prazo para a conclusão da auditoria, previsto pela administração municipal, era de até seis meses. Na representação, os vereadores registram que o secretário de Planejamento Carlos Brito declarou, em maio de 2019, que a conclusão da auditoria ocorreria em junho do mesmo ano, o que não aconteceu até a presente data. O atraso, portanto, é de quase dois anos.