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Explicando a aplicação das medidas restritivas na Bahia, o governador Rui Costa disse que o toque de recolher tem o objetivo de reduzir as taxas da covid-19 com o menor impacto para a atividade econômica. Ele pediu a compreensão dos donos de estabelecimentos comerciais e afirmou que o decreto pode ser ampliado ainda mais caso não surta efeito. Rui disse que “para evitarmos o pior, com o fechamento de tudo, é importante que todos colaborem”.
O governador destacou que o alcance dessa medida é para os estabelecimentos onde ocorrem em geral as aglomerações noturnas, como bares e restaurantes. Durante entrevista à TV Bahia, ele citou os números da pandemia no estado e criticou a indiferença de algumas pessoas com a vida humana.
"O que nós estamos restringindo agora, é que os bares e restaurantes só funcionem até às 18 horas de forma presencial, eles podem fazer delivery até às 23 horas, então só vai funcionar até às 18 horas e os outros serviços até às 20 horas. Eu peço a contribuição dos donos de empreendimentos dos bares e restaurantes e shoppings que se essa medida não surtir efeito e se não houver colaboração, a medida terá que ser mais drástica, terá que ser igual ao que o município de Araraquara fez em São Paulo, ou seja, fechar absolutamente tudo. Então para evitarmos o pior, inclusive para os negócios, é importante que todos colaborem nessas medidas mitigadoras que visam reduzir o menor impacto para atividade econômica. O que nós estamos fazendo é ir lentamente e progressivamente, adotando as medidas para ver se colhemos os resultados", explicou.
Ainda segundo o governador, se as pessoas não adotarem as medidas de segurança, muitos podem morrer sem assistência médica.
"A partir de 20h, a atividade comercial é reduzida porque a partir desse horário a atividade econômica já é muito reduzida, e o alcance maior dessa medida são para aqueles pontos que geram aglomeração em geral, com o consumo de bebidas alcoólicas, que são bares, restaurantes, barracas e portanto não há como permitir que as pessoas consigam estar neste comportamento indiferente a vida humana, indiferente ao número de mortes. O Brasil passa de 244 mil mortes, a Bahia está com mais de 60 mortes há quase duas semanas por dia, mais de 60 mortes por dia, então não há o que compreender o comportamento como esses, porque caso contrário, muita gente ainda vai morrer e o pior é morrer sem nenhuma assistência médica", concluiu.