Gabriel Gonçalves
Na manhã desta segunda-feira (8), no programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News 102.1 FM, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), Marlede Oliveira, afirmou que é contra a determinação da juíza Juliana de Castro Madeira Campos, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, determinando a retomada das atividades escolares presenciais na Bahia com prazo até o dia 1º de março.
De acordo com a diretora, a culpa por não estar tendo aulas remotas para estudantes não é dos professores e sim por parte do governo municipal.
"É necessário dizer para a comunidade, até porque é do interesse de todos, que se não houve nem está havendo atividades remotas na rede municipal é por culpa do governo e não dos professores. A categoria está com os salários cortados e ainda será realizada uma audiência no dia 24 de fevereiro sobre este assunto. Mas quanto às atividades remotas, o governo não se organizou, nem todas as crianças possuem internet em casa, o que é diferente da rede privada. Quem estuda em escola particular, os pais possuem condições melhores em termo financeiro, já da rede municipal, pais que fazem parte de uma classe desempregada não possuem internet, não possuem computadores, smartphones e esta é a realidade do povo brasileiro", disse ao Acorda Cidade.
Segundo a diretora Marlede Oliveira, sem vacinas para a categoria da educação, sem aulas presenciais.
"Como é que vai ter aula presencial se não tem vacina? A APLB já decidiu isso, em São Paulo, os professores não vão para as salas de aula, a grade será remota porque não tem vacina. Seja escola pública, seja escola particular, não há condições. Existem professores com doenças de comorbidade, é pressão alta, é diabete, então eu quero dizer que vai ter um genocídio da nossa categoria. O prefeito dizer que vai ter atividade presencial de qualquer forma assim sem vacina. Isso deve passar pelo conselho e pela forma que o prefeito falou, parece que nem passou pelo conselho e já está derrubando as decisões assim. Há uma democracia e se diz respeito ao executivo, diz respeito também aos conselhos do país que são criados, e que é um órgão maior", explicou.
Para a diretora, todos os membros que fazem parte da unidade de educação devem ser vacinados para que haja um retorno das atividades presenciais.
"O mais importante hoje são os professores e funcionários serem vacinados. Prefeito, acho que o senhor precisa vacinar todos os professores de Feira de Santana e, a partir daí, as escolas voltarem com as atividades presenciais, mas sem vacina não. Iremos fazer uma reunião, já que não pode fazer assembleia, reunindo mais de 50 pessoas. Então iremos promover essa reunião, até porque o prefeito precisa ter a responsabilidade com a nossa categoria, porque senão é um genocídio total dos trabalhadores da educação", finalizou.