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Vencer desafios diários tem sido rotina na vida da microempresária feirense Karolline Hadeydi. Portadora de mioloma múltiplo (câncer das células plasmáticas) há três anos, ela já passou por dois transplantes de medula e precisa da medicação Revlimid Lenalidomida 10 mg para continuar combatendo a doença.
A caixa desse remédio custa R$ 28 mil reais, com 21 comprimidos e que ela faz uso contínuo. Karolinne tem uma liminar para que o governo do estado forneça a medicação, porém com a pandemia do novo coronavírus, alguns atrasos estão ocorrendo. “Já ocorreu do remédio atrasar por 45 dias e isso não pode acontecer, pois o remédio é de uso contínuo, por isso preciso de uma caixa extra”, afirmou.
Karolline explicou em suas redes sociais que nessa doença um grupo de células plasmáticas torna-se cancerígeno e se multiplica. Segundo ela, a doença pode danificar os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem de glóbulos vermelhos. É uma doença rara e o tratamento pode ajudar, mas a doença não tem cura.
Foto: Arquivo Pessoal
“No transplante espera-se que a doença zere, mas no meu caso não zerou, a doença em mim é mais agressiva, pois tenho uma mutação em um dos genes e o único protocolo que deu certo depois do transplante foi com esse remédio. Faço quimioterapia venosa e oral. Com o atraso da medicação a doença volta a ficar ativa, começa a progredir e isso acarreta em risco de morte. Não posso de maneira alguma ficar sem esse remédio. É um misto de sentimentos quando está perto de acabar. Creio muito em Deus e no poder de mudar todo diagnóstico, mas eu preciso tratar essa doença. O mieloma mata, e eu luto contra isso”.
Com o valor do remédio alto e sem a garantia de que vai receber do governo no período certo, ela teve a ideia de fazer uma ‘rifa do bem’. Algumas pessoas já estão ajudando e ela já conseguiu alguns produtos que serão os prêmios.
Karolline Hadeydi pede ajuda através dessa rifa, com a doação por parte de empreendedores de produtos que sirvam de prêmios e com a ajuda da população comprando os bilhetes e divulgando a causa. Conheça mais da história da microempresária e saiba como ajudar através do instagram @karolhadeydi ou pelo número (75) 99129-2125
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