Amazonas

Manaus recebe 70 mil metros cúbicos de oxigênio vindos de Belém

Carga chegou à capital por meio de balsas, na madrugada deste sábado (16). Governo diz que nova remessa garante "retomada do equilíbrio".

Acorda Cidade

Manaus recebeu, na madrugada deste sábado (16), uma carga de 70 mil metros cúbicos de oxigênio, vindos por meio de balsas da cidade de Belém, no Pará. Segundo o Governo do Amazonas, a nova remessa deve garantir a "retomada do do equilíbrio do abastecimento da rede de saúde do estado para os próximos dias".

A capital amazonense entrou em colapso por falta de oxigênio nos hospitais, que estão lotados por conta de aumento recorde de internações por Covid-19. O governador Wilson Lima disse que a demanda pelo oxigênio aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias.

Até esta sexta-feira (15), em todo o estado, mais de 6 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19. Manaus voltou a bater o recorde diário de enterros, e registrou 213 sepultamentos apenas nesta sexta.

Conforme o governo, o insumo foi adquirido pela fornecedora White Martins, e já começou a ser distribuído nos hospitais. Uma força-tarefa foi montada pelos governos estadual e federal, além de diversos outros órgãos e doadores, para enviar oxigênio para a cidade.

"Hoje nós temos um aumento significativo, extraordinário. Em menos de 15 dias, passamos de 15 mil m³ para 75 mil m³, superando a capacidade que o fornecedor tinha de produzir oxigênio", disse Lima à GloboNews, nesta sexta.

Na quinta, o déficit de oxigênio era de cerca de 48 mil por dia. Nos últimos dias, as Forças Armadas enviaram cilindros de oxigênio para hospitais de Manaus, em caráter de urgência. A capital também recebeu cargas de oxigênio e doações de diversos estados, e artistas, como Whindersson Nunes, também se mobilizaram para enviar insumos à cidade.

Fila por oxigênio

Uma fila enorme de familiares de doentes que precisam de oxigênio se formou nesta sexta-feira (15), em frente à White Martins em Manaus. A empresa é a principal fornecedora do produto na cidade.

Hospitais da capital amazonense não têm o gás, o que fez com que as pessoas tentassem, por conta própria, encher cilindros de oxigênio para ajudar parentes internados.

Muitas pessoas também buscam o produto por terem familiares, em casa, com outras doenças que dificultam a respiração.

Recém-nascidos internados correm risco

O Ministério da Saúde informou, nesta sexta (15), que adquiriu cilindros de oxigênio que devem durar 48h para manter 61 bebês prematuros em leitos de UTIs em Manaus. Estados já haviam sinalizado oferta de leitos para receber bebês e grávidas que possam ficar sem oxigênio na capital.

De acordo com o Ministério da Saúde, a medida atende a uma solicitação do Governo do Amazonas para recém-nascidos que estavam no limite de oxigênio. A pasta informou, ainda, que busca mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros estados.

O Governo Federal informou que irá prestar apoio em todo o processo logístico de remoção. Nesta quinta, a Justiça determinou que a União também realiza, imediatamente, a transferência de pacientes que podem morrer pela falta de oxigênio.

Fonte: G1

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários