Brasil

Condutores da tocha olímpica da Rio 2016 colocam objeto à venda alegando necessidades financeiras

O jovem João Pedro Berrezil carregou a tocha na Baixada Fluminense e está vendendo a sua após sair da casa dos pais, na Baixada Fluminense.

Acorda Cidade

O aviso de reestruturação na empresa em que trabalha, a crise na pandemia e uma mudança de endereço fizeram com que João Pedro Berrezil, de 20 anos, colocasse à venda um objeto que carrega muito valor simbólico para ele: a tocha olímpica da Rio 2016.

Por necessidades financeiras, o jovem vai precisar se desfazer do símbolo olímpico em busca de dinheiro para arcar com suas despesas durante o ano. João faz parte dos 12 mil brasileiros que carregaram a tocha nos três meses que antecederam os Jogos Olímpicos de 2016, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Assim como ele, outros mais vêm anunciando recentemente a venda da tocha na internet. Os valores variam entre R$ 6 mil e R$ 9 mil. A maioria alega estar passando por problemas financeiros para justificar a venda.

Foto: Reprodução

"Não sou atleta, não tenho vínculo esportivo, mas fui condutor após participar de uma ação da Coca-Cola. Eu tinha 15 anos e foi muito importante para mim. A tocha tem valor sentimental na minha vida porque marcou o início da minha história profissional", contou João, que recentemente se mudou da Baixada Fluminense, na Região Metropolitana, para a Tijuca, na Zona Norte da capital, o que fez com que ele ficasse mais apertado financeiramente.

João foi um dos últimos condutores no revezamento da tocha no estado, ele passou chama para o jogador Emerson Sheik, em Nova Iguaçu. O objeto, ele garante, está bem guardado em seu quarto, mas ainda não sabe qual valor irá cobrar pela tocha: "Estou aberto para negociação". No entanto, João explica que não quer fugir muito do que estão cobrando outros condutores que anunciaram a tocha.

"O valor sentimental é o mais importante. Mas saí da casa dos meus pais, minha empresa já anunciou reestruturação e eu tenho contas a pagar".

A funcionária pública Bianka Lins, de Minas Gerais, conta que foi a primeira mulher trans a conduzir a tocha olímpica no país. Ela também está vendendo o objeto.

Já Ygor Cruz, de Rondônia, revelou que perdeu o emprego e por isso anunciou o símbolo olímpico.

Foto: Reprodução

Fonte: G1

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