Pandemia

Procura por reservas para confraternizações de fim de ano teve queda em restaurantes de Feira de Santana

Confraternizações foram adaptadas, realizadas em números menores de pessoas.

Gabriel Gonçalves

Com a aproximação do final do ano, muitos restaurantes em Feira de Santana iniciaram desde novembro o processo de reservas para confraternizações. Neste ano por conta da pandemia do coronavírus, algumas medidas de segurança foram adotadas para a realização dos atendimentos, além disso, houve queda no número de reservas com relação ao ano passado, porém o número de reservas é significativo.

A médica infectologista Melissa Falcão, comentou em entrevista coletiva online ontem (22), que muitas empresas tem feito confraternizações, assumindo o risco de promover um surto de covid-19 entre os funcionários, o que pode até mesmo causar o afastamento de vários deles ao mesmo tempo por conta da infecção.

Com um fluxo de reservas considerado bom, o proprietário do restaurante Pastarella da Avenida Fraga Maia, Nóide Cerqueira Junior, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que ficou surpreso e tinha receio da falta de procura por conta do momento.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"A gente pensou muito na questão da pandemia e imaginou que as pessoas teria um receio e não iriam nos procurar, mas estamos tendo sim essa procura e com todo o cuidado conforme as regras estabelecidas pela prefeitura, como o uso de álcool em gel, o distanciamento social, medição de temperatura, tudo conforme os protocolos de segurança", destacou.

Comparado ao ano passado, a procura por reservas no restaurante caiu em torno de 30%. Segundo Nóide Cerqueira, o fluxo de agendamento do ano passado, foi muito maior, pois houve confraternizações de casamento e formaturas.

"Em 2019 a gente tinha formaturas de faculdades, casamentos, confraternizações de escola e nesse ano não teve. Mesmo com essa queda na procura, algumas empresas estão no procurando para realizar confraternizações, amigos secretos, além do nosso diferencial que é realizar aniversários com os clientes", afirmou ao Acorda Cidade.

Com relação aos decretos estaduais, Nóide Cerqueira afirmou que mudanças poderão ocorrer caso o número de infectados aumente até o final do ano, mas explicou que as reservas ainda continuam andamento.

"O que temos visto até agora é o decreto com permissão até 200 pessoas. Mas não sabemos como será até o final do mês e acredito que isso depende muito do número de casos. Os médicos já sabem mais como tratar a doença, as pessoas estão se cuidando mais e os clientes continuam nos procurando", afirmou.

Para manter a segurança com os clientes e funcionários, o restaurante já modificou toda a estrutura sanitária do ambiente. De acordo com o proprietário, desde a abertura do restaurante após os decretos, todas as medidas estão sendo aplicadas.

"Desde o período quando encerrou o decreto de fechamento dos restaurantes, nós voltamos já medindo a temperatura dos clientes, dos nossos colaboradores, disponibilizando álcool em gel, monitorando os motoboys que realizam as entregas em forma de delivery e aqui em nossa área interna temos as placas de sinalização mostrando como higienizar as mãos de forma correta, o uso obrigatório de máscara ao entrar, além do distanciamento social", finalizou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Outro restaurante em Feira de Santana que costuma ter muitas reservas neste período é o Los Pampas. De acordo com o gerente do restaurante, Ednelio Souza Araújo Dida, desde que foi reaberto com as novas medidas, algumas restrições foram impostas pela Vigilância Sanitária.

"Em nosso espaço do buffet, o cliente precisa usar a luva para manusear os talheres, além da proteção que foi colocada ao redor do buffet para que não haja o contato. Enquanto o cliente ainda estiver circulando pelo restaurante, é de uso obrigatório a máscara, temos álcool em gel em todas as mesas, placas de sinalização e o salão principal que tinha a capacidade para até 250 pessoas, reduzimos para 120", explicou.

Segundo Ednelio, algumas empresas adotaram novos métodos de confraternização e por conta disso, o número de reservas em relação a 2019 teve uma queda.

"Diminuiu bastante o número de reservas se formos comparar ao ano passado. Como as mesas precisam ficar afastadas, isso fez com que também afastasse as reservas. Algumas empresas estão comprando vouchers e ofertando aos funcionários para virem o dia que quiserem. Ou pequenos grupos de 15 a 20 pessoas de uma mesma empresa comparecem aqui no restaurante com esses vouchers fornecidos pelas empresas para se confraternizarem", afirmou o gerente ao Acorda Cidade.

Por conta do decreto que obrigava o fechamento dos bares e restaurantes, Ednelio teme por novo fechamento do restaurante.

"A gente espera que não venha fechar novamente. Passamos seis meses de forma parada, assim como o nosso segmento, além de outros. Foi um momento difícil trabalhando apenas com delivery e esse não é o nosso forte, mas graças a Deus, continuamos com essa modalidade e esperamos que o prefeito tome as medidas certas para que possamos continuar trabalhando", finalizou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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