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A cesta básica de Feira de Santana apresentou mais um mês de elevação, pois atingiu o valor de R$ 411,43 em novembro. Trata-se de um aumento de 0,75% em relação ao valor obtido no mês anterior. No trimestre, a majoração dos preços já alcança 10,12%, o que faz com que o cidadão feirense precise reservar uma parte maior da sua renda para comprar os doze produtos básicos: açúcar, arroz, banana-da-prata, café, carne, feijão, farinha, leite, manteiga, óleo, pão e tomate.
De acordo com os professores e alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalham no Projeto “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica de Feira de Santana”, o ritmo de aumento mensal observado está em consonância com o que se verifica em relação aos principais índices de preços do país. Dentre os produtos pesquisados, nove apresentaram preços médios superiores em novembro frente aos seus preços em outubro. As maiores altas foram notadas no óleo (10,63%), arroz (4,36%) e tomate (4,19%).
Com elevações inferiores ao patamar dos 4%, figuraram o café, farinha, manteiga, pão, açúcar e carne. Os produtos que apresentaram queda nos seus preços médios foram apenas três: banana-da-prata (-9,92%), leite (-6,09%) e feijão (-0,14%).
No trimestre, os produtos que mais colaboraram para a elevação do valor da cesta básica foram o óleo (72,77%), o arroz (37,21%) e o tomate (31,48%). Vale registrar que o produto que apresentou a maior elevação, o óleo, participa com um dos menores pesos no custo da cesta (1,97%). No semestre, a elevação do custo da cesta foi de 9,12%. E, de novo, o produto com maior incremento percentual foi do óleo, com 84,97%.
O almoço tradicional do cidadão de Feira de Santana, composto pelo arroz, feijão e carne, respondeu por 40,45% do valor da cesta básica de novembro (percentual próximo ao observado em outubro: 40,09%). E o café da manhã, que geralmente reúne pão, manteiga, café e leite, representou 29,81% do custo da cesta de novembro (em outubro, o percentual calculado também foi bastante próximo: 29,95%).
Em relação ao comprometimento do valor da cesta básica no salário mínimo líquido vigente em novembro de R$ 966,63 (valor obtido após os descontos previdenciários que incidem sobre o valor bruto), verifica-se um percentual de 42,56%. Trata-se de um comprometimento maior que o calculado no mês anterior (42,25%), condizente com o aumento percebido no valor da cesta básica.
Para adquirir os produtos da cesta básica, o trabalhador feirense que recebe o salário mínimo precisou despender 93 horas e 38 minutos do seu tempo de trabalho. Trata-se de um tempo de trabalho necessário para aquisição da cesta básica superior ao calculado no mês de outubro em pouco mais de 40 minutos.