Senadores cobraram nesta semana a votação do novo marco regulatório do setor de gás natural (PL 4.476/2020), que está no Senado desde setembro, quando foi aprovado pelos deputados. O texto prevê desconcentração do mercado, o que, para muitos parlamentares, pode reduzir o preço do produto para os brasileiros.Na sessão deliberativa da última quarta-feira (25), o senador Lasier Martins (Podemos-RS) chamou atenção para o projeto, destacando que é uma reivindicação do setor empresarial. "Eu queria pedir que o mais breve possível venha para a pauta o marco regulatório do gás, que trata de pontos importantes como transporte, importação, exportação, distribuição, comercialização. Faço este pedido em nome de várias empresas gaúchas e da nossa Fiergs [Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul", disse.
Na quinta-feira (26), outros senadores se manifestaram pelas redes sociais. O líder do PSL, Major Olimpio (SP), escreveu que os benefícios da abertura do mercado devem ser “universalizados”. “Com a redução no preço do botijão de gás, será possível reduzir o custo da energia para as famílias brasileiras e melhorar a vida da população”, afirmou.O senador Dário Berger (MDB-SC) argumentou que as novas regras podem estimular a produção nacional de gás natural e reduzir a dependência do país em importações do produto.Em 2019, o Brasil consumiu 64,6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, em média, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). No mesmo ano, o país importou 9,8 bilhões de metros cúbicos, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -ANP. ( Agência Senado).