Verão chegando

Professor de natação orienta banhistas para evitarem afogamentos

O afogamento é a segunda causa de mortes entre crianças de 1 a 4 anos de idade e a terceira entre crianças de 5 a 14 anos.

Gabriel Gonçalves

Através dos dados estatísticos da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), cerca de 15 brasileiros morrem afogados por dia. De acordo com o professor de natação, Rodrigo Araújo, o afogamento é a segunda causa de mortes de crianças menores de 4 anos de idade.

"Os dados obtidos pela Sobrasa, identificam que os homens morrem em média 6,8 vezes mais do que as mulheres e os adolescentes têm o maior risco de morte por acharem que são destemidos e que nada poderá acontecer. O afogamento é a segunda causa de mortes entre crianças de 1 a 4 anos de idade e a terceira entre crianças de 5 a 14 anos", afirmou.

Segundo Rodrigo, o ato de nadar traz diversos benefícios à saúde, mas o principal tópico é a autodefesa, pois o simples fato de saber nadar, não livra do afogamento.

"Os afogamentos não acontecem apenas em piscinas, mas acontecem em rios, represas, mar aberto, e as crianças podem se afogar em recipientes que tenham apenas um filete de água, como baldes, banheiras e vasos sanitários. As casas com piscinas precisam ter uma espécie de barreira com difícil acesso para estas crianças, evitando o risco de acidentes", explicou ao Acorda Cidade.

Professor há mais de 20 anos, Rodrigo Araújo defende que todas as pessoas saibam nadar como um processo de autodefesa, e que essa prática não deveria ser discutida apenas nas escolas de natação, mas também nas escolas de ensino básico.

"Infelizmente a gente não ver com frequência ou até mesmo quase nunca aqui em Feira as escolas com piscinas, são poucas as particulares e na rede pública nem se fala. Quando se trata de nadar em mar aberto, o perigo é muito maior porque tem a questão as correntes de retorno, o que conhecemos como ondas, e no mar isso é visível, pois observamos quando o mar está revolto e quando não está".

Ainda segundo Rodrigo, é importante que todos os banhistas possam observar as bandeiras, principalmente de cor vermelha indicando o perigo para banho e verificar se na região existem salva-vidas.

"Nem todas as praias possuem salva-vidas e as pessoas precisam tomar todos os cuidados quando adentarem nesses locais para evitar acidentes. O pessoal da Sobrasa costuma dizer que água no umbigo já é sinal de perigo e precisamos está atentos, seja os adultos, e principalmente com as crianças".

Nos rios e represas, os riscos de afogamentos costumam ser maiores, a corrente de água desses locais ficam submersa a superfície da água, impossibilitando de ver a correnteza. De acordo com o professor de natação, as profundidades são diferentes e possuem areias fofas que podem prender o pé e gerar dificuldade para se salvar.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.