Bahia

Comunidade quilombola de Bom Jesus da Lapa comercializa produção agroecológica

O objetivo principal do cultivo dessas PANC foi aumentar a diversidade de alimentos nos quintais produtivos das famílias do quilombo, promovendo segurança alimentar e nutricional.

Acorda Cidade 

Produtos 100% livres de agrotóxicos, que saem direto do campo para a mesa de quem mora em Bom Jesus da Lapa. Agora, é assim o destino da produção agroecológica da comunidade Quilombola de Fortaleza, que está sendo comercializada em toda a região, com vendas sob encomenda.

São hortaliças, legumes, verduras e Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Uma diversidade de alimentos, resultado dos investimentos do Governo do Estado, por meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinancimento do Banco Mundial.

O Bahia Produtiva investiu R$379,8 mil na implantação de 10 sistemas de Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS), para hortas e a criação de aves. Além disso, a comunidade recebeu investimento na caprino-ovinocultura, com 4 reprodutores e 100 matrizes de caprinos.

Segurança Alimentar

Em dezembro de 2019, por meio do projeto e com os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), prestados pelo Instituto Biosistêmico (IBS), foi implantado o Banco de Multiplicação de PANC na comunidade, contendo mais de 20 variedades das plantas. A ação faz parte da estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) do Bahia Produtiva e conta com a parceria da VP-Centro de Nutrição.

O objetivo principal do cultivo dessas PANC foi aumentar a diversidade de alimentos nos quintais produtivos das famílias do quilombo, promovendo segurança alimentar e nutricional. Na primeira colheita, os rizomas e sementes foram distribuídos às famílias do quilombo, para serem multiplicados e introduzidos nas dietas. A ação foi tão produtiva, que o excedente agora será comercializado.

Odanilio Oliveira, morador do quilombo é também Agente Comunitário Rural (ACR) e acompanha as famílias beneficiadas do projeto. Ele destacou a importância do Bahia Produtiva para a comunidade: “O projeto deu todas as condições para que as famílias pudessem produzir suas hortas. Em 2017, iniciamos a produção de hortaliças; em 2018 e 2019 conseguimos acessar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); e em 2020, a produção cresceu tanto que vamos começar a vender esses alimentos e também os caprinos vivos. O Bahia Produtiva trouxe grandes mudanças para a comunidade e deu todas as condições para que essas famílias pudessem produzir e ter uma renda”. As vendas estão sendo realizadas pelo Instagram da associação, @quilombo.fortaleza.

Fonte: Ascom/ SDR  

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