Saúde Mental

Psicólogo alerta sobre adoecimento psicológico de profissionais das forças de segurança

Alfredo que também integra a Polícia Militar, destacou as ações que PM oferece para cuidar da parte emocional e psicológica dos servidores e que é importante também que familiares e amigos estejam atentos a qualquer sinal de mudança no comportamento de pessoas de seu convívio.

Ney Silva e Gabriel Gonçalves

O adoecimento psicológico tem afetado grande parte da população. Com os profissionais das forças de segurança, a situação não é diferente. Vários fatores contribuem para o surgimento de quadros como estresse, depressão e ansiedade e essa situação deixa toda a comunidade em alerta. O psicólogo Alfredo de Morais Neto em entrevista ao Acorda Cidade explicou detalhes sobre esse comportamento e chamou a atenção sobre a importância dos cuidados psicológicos.

Alfredo que também integra a Polícia Militar, destacou as ações que PM oferece para cuidar da parte emocional e psicológica dos servidores e que é importante também que familiares e amigos estejam atentos a qualquer sinal de mudança no comportamento de pessoas de seu convívio.

De acordo com o psicólogo, quando se fala em Polícia Militar, existem diversos aspectos não apenas na estrutura e hierarquia, mas no diferencial de cada policial militar em relação a sociedade.

"Nós estamos com a proposta passada do Setembro Amarelo e a Polícia Militar é uma profissão como qualquer outra, porém uma profissão específica ligada a segurança pública tendo aspectos e peculiaridades diferenciadas. Um dos grandes cuidados do Comandante da Região Leste, Luziel Andrade, é justamente o cuidado psicológico fazendo uso do Sevap, Serviço de Valorização Profissional. Uma clínica fora do eixo dos batalhões para que esses policiais militares tenham a tranquilidade de irem na sua busca pessoal para o cuidado psicológico", afirmou

Ainda segundo Alfredo, o atendimento clínico para estes policias é realizado com psicólogos e especialistas e durante este processo, são identificadas as peculiaridades de cada servidor.

"A pandemia trouxe aspectos como isolamento social e confrontamentos dentro do próprio domicílio e na sociedade. Quando a gente pensa em Polícia Militar, pensamos nesse servidor que se torna invisível para a comunidade, e esse aspecto deve ser mudado com a valorização desse policial, que está ali para salvaguardar as vidas civis que estão em ameaças. Nem sempre os problemas psicológicos estão ligados aos serviços de segurança pública. Quando um familiar identifica que a outra pessoa está se isolando cada vez mais, ficando muito quieta ou com conversas sem lógica, está na hora da ajuda há qualquer momento.

Situações como ouvir o próximo dizer que quer deixar de existir e que a vida não vale mais nada, indicam que é preciso um cuidado maior com esta pessoa.", explicou em entrevista ao Acorda Cidade.

Na opinião de Alfredo de Morais Neto, é fundamental que a mídia apresente esclarecimentos sobre o suicídio as campanhas de prevenção.

"Quanto mais esclarecer sobre estas informações, as pessoas terão a oportunidade de assegurar a vida daquele que está em tentativa de tirar a própria vida. O não falar sobre suicídio é um grande erro, e precisamos fazer mais campanhas, não somente no Setembro Amarelo, mas durante todo o ano", finalizou. 

Psicólogo Alfredo de Morais Neto | CRP – 03/6915

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