Feira de Santana

Clientes reclamam de preços de produtos da cesta básica

É necessário ter muito jogo de cintura para conseguir se alimentar bem e fechar as contas.

Rachel Pinto

O preço da cesta básica em Feira de Santana disparou, segundo o Projeto “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica em Feira de Santana”, e também os próprios consumidores.

A iniciativa da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), começou a acompanhar o preço da cesta básica em junho de 2019 e em setembro de 2020, dos 12 produtos pesquisados, observou um aumento no óleo de soja e em itens como o arroz e derivados do leite.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A reportagem do Acorda Cidade entrevistou algumas clientes e eles confirmaram que o aumento de preços dos produtos tem sido expressivo e é necessário ter muito jogo de cintura para conseguir se alimentar bem e fechar as contas.

Rosanete Figueiredo Bastos, afirmou que não está sendo fácil fazer a feira do mês diante da inflação. De acordo com ela, cada vez que vai ao supermercado, se surpreende com o aumento dos preços dos alimentos e quase todos têm sofrido reajuste.

“A gente vê novos preços no arroz, no feijão, biscoitos, produtos de limpeza, tudo. Temos que fazer a pesquisa. O arroz, o preço dele está absurdo e eu também sempre prefiro a opção de verificar o preço em mais de um local. O arroz dá para substituir por legumes, ou pelo macarrão. Mas, para conseguir economizar alguma coisa, temos que pesquisar bastante”, declarou.

Na opinião de Marly dos Santos, o aumento de preços de alguns produtos essenciais já está passando dos limites e mesmo fazendo substituições, não dá para ficar sem comprá-los.

“Subiram de preço o óleo, o arroz, o feijão e não dá para tirar esses alimentos da cesta básica. Minha família tem cinco pessoas, crianças pequenas e não dá para ficar sem o arroz, porque mesmo substituindo não é todo mundo que gosta de macarrão. Eu não gosto, prefiro meu arrozinho e aí tenho que diminuir a quantidade. Eu gastava, um 1kg e meio por semana, agora terei que gastar menos”, comentou.

Ela informou que gastava em média R$450 reais com a cesta básica por mês e depois do último aumento de preços, passou a gastar R$ 600.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Rubens Dias gerente da rede de supermercados Bem Barato, explicou que atualmente o preço de uma cesta básica com vinte itens, custa R$70. Segundo ele, é possível que haja ainda mais reajustes nos preços dos alimentos.

“Tivemos aumento de preços do óleo de soja, arroz, produtos derivados do leite, leite longa vida, leite em pó, leite condensado e ficamos com o movimento com certeza um pouco abaixo do previsto na pandemia. Depois da abertura do comércio deu uma aquecida nas vendas, mas infelizmente ainda não atingimos o topo desejado. Inúmeros itens estão fora de mercado por falta de matéria prima e há possibilidade de novos aumentos. Nossa safra de grãos já está toda importada, o frango, a parte suína tiverem um aumento grande, o boi nem se fala e muitos clientes estão reclamando. O hortifrúti está estável, mas a linha de cesta básica aumentou expressivamente”, concluiu.

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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.  

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