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A Polícia Civil prendeu em flagrante, na tarde do dia 18 de outubro, um homem de 23 anos suspeito de filmar e divulgar, nas redes sociais, o estupro coletivo de uma menina de 11 anos, no bairro Novo Tupi, na Região Norte de Belo Horizonte.
Em nota, a corporação informou que o suspeito é investigado por "filmar, compartilhar e armazenar cena de sexo envolvendo criança ou adolescente, crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente".
Segundo a Polícia Militar (PM), os pais da vítima procuraram os policiais para relatar que a filha deles, de 11 anos, foi estuprada por quatro adolescentes, com idades entre 12 e 13 anos, em uma escadaria próxima a um campo de futebol, na tarde do último domingo (18). Eles souberam do fato depois de receberem o vídeo pelas redes sociais.
A PM informou que os pais da vítima disseram que os quatro suspeitos obrigaram a menina a fazer sexo com eles, segurando-a pelos braços. A criança contou que não sabia que estava sendo filmada e tentou pedir socorro, mas um dos meninos tampou a boca dela.
Ainda segundo a PM, todos os adolescentes suspeitos são moradores do bairro e já conheciam a vítima. Eles foram levados para Delegacia de Plantão Especializada de Investigação de Ato Infracional (Dopcad), onde foram ouvidos.
Segundo a Polícia Civil, os adolescentes foram apreendidos e encaminhados à audiência. O processo encontra-se no Poder Judiciário, na Vara da Infância e Juventude em BH.
Os adolescentes negaram para a polícia as acusações da família da vítima. Eles disseram que a menina quis fazer sexo com eles. Já o homem de 23 anos confirmou que fez as filmagens, mas alegou que estava distante dos adolescentes e não sabia o que estava acontecendo.
A vítima passou por exames no hospital Odilon Behrens, na Região Nordeste de BH.
Estupro de vulnerável
De janeiro a julho deste ano, foram registrados 1.597 casos de estupro de vulnerável em Minas Gerais. Em BH, neste período, foram 187. Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Para a neuropsicóloga Edinalva Borges, a situação reflete um adoecimento da sociedade.
"É necessário uma atenção dos pais para seus filhos, essa abertura para o diálogo, para que eles possam falar o que está acontecendo", disse.
Fonte: G1