Feira de Santana

Comerciantes que trabalham com carrinhos de lanche não terão ponto fixo e devem circular pelo centro da cidade, declara secretário

Secretário também fala sobre Zona Azul e a iluminação de LED.

Rachel Pinto

Uma dúvida constante que muitas pessoas têm relatado ao Acorda Cidade é sobre o destino dos comerciantes que trabalham com vendas de alimentos e lanches no centro comercial de Feira de Santana, como por exemplo, carrinhos de churros, água de coco, pastel e lanches diversos. Elas afirmam que estão tendo dificuldades em encontrar estes itens de alimentação e querem saber como esse setor irá atuar com as mudanças do Projeto Novo Centro.

O secretário municipal de trabalho, turismo e desenvolvimento econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, em entrevista ao Acorda Cidade esclareceu estes questionamentos e informou que todos os comerciantes que trabalham em carrinhos de alimentação, não poderão ficar em pontos fixos. De acordo com ele, todas as barracas e comércios fixos foram retirados do centro comercial e quem trabalha com a modalidade de carinhos e vende seus produtos também em bicicletas, poderá circular por toda cidade e também pelos bairros.

“Algumas pessoas têm carrinho para vender esses tipos de produtos e ficam fixas em alguns lugares. Como o projeto é para tirar tudo que é fixo, se o comerciante estiver é fixo, irá sair. Tem várias áreas para transitar. Tem os bairros, outras localidades, mas no centro não pode ser mais barraca fixa ou carrinho fixo em algum ponto”, explicou.

Antônio Carlos Borges Júnior destacou que essa mudança com relação a comercialização de alimentos, melhorou o movimento em lanchonetes e restaurantes do Mercado de Arte Popular (MAP). Na opinião dele, alguns clientes ficavam com receio de ir até ao local, pela própria dificuldade de acesso e com a retiradas das barracas, já é possível ver um maior fluxo de pessoas no MAP.


“Na verdade, o que nós percebemos é que existiam várias atividades que também estavam com sua queda de comercialização. No MAP, melhorou muito a questão do comércio de alimentos. Até a clientela mudou, pessoas que trabalham em banco, por exemplo, já voltaram a consumir os produtos do local. Além disso, muitas pessoas se inibiam de abrir esse tipo de negócio porque quando se abre uma lanchonete no centro, a Vigilância Sanitária exige água corrida, azulejo até o teto, e são muitas exigências para uma lanchonete. Quando era uma barraca, se abria de qualquer jeito. Em relação também a higiene muda o olhar em a essa venda de produtos”, comentou.

Mais segurança para o centro da cidade

Borges Júnior frisou que um dos objetivos da requalificação do centro comercial é trazer mais segurança para a população. De acordo com ele, as câmeras de videomonitoramento terão capacidade de enxergar melhor o que está acontecendo nas ruas.

Zona Azul – Além da segurança, ele afirmou que no plano de ação existem os estacionamentos da Zona Azul e a iluminação de LED em todo o eixo, de forma que as pessoas possam transitar com mais tranquilidade a noite. Ele informou que existe a ideia de fazer dos abrigos das praças Bernadino Bahia e Fróes da Mota, espaços culturais. Estes equipamentos são tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e para ele, podem servir como atrações de lazer, cultura, além de outras atividades estratégicas.

Finalização das obras

O secretário relatou que a prefeitura está discutindo um cronograma físico e financeiro para a finalização das obras, dialogando com os lojistas e recebendo sugestões de como dinamizar as ações, de forma que não atrapalhe o fluxo de vendas, especialmente de fim de ano.

“Nós nos reunimos com o prefeito e com o secretário Carlos Brito, com os lojistas da Rua Sales Barbosa e lá nós apresentamos o cronograma da obra. Ficamos preocupados porque vem aí o mês de Natal e solicitamos deles sugestões para que a gente pudesse dar continuidade as ações sem ter paradas e ficou definido juntamente com os lojistas da Praça Fróes da Mota e também da Rua Sales Barbosa, que iríamos começar as ações a partir de 1º de novembro na Fróes da Mota, já preparando o piso intertravado e em sequência nós estaremos subindo, fazendo toda a infraestrutura de drenagem e também escavação para outros tipos de serviço da Praça Fróes da Mota, até a Praça dos Remédios durante o mês de novembro, encerrando dia 30 e retornando só para a Sales Barbosa, a partir de janeiro de 2021 para concluir a obra”, pontuou.

Ação do rapa

Antônio Carlos Borges Júnior conversou também com a reportagem do Acorda Cidade sobre vídeos que têm circulado pelas redes sociais das ações do rapa para a retirada dos barraqueiros e ambulantes. Ele observou que a prefeitura retirou mais de mil barracas do centro da cidade e que ocorre que alguns comerciantes que foram sorteados para o Shopping Popular, estão retornando para vender seus produtos em pontos antigos, burlando inclusive os seus colegas de trabalho que estão no Shopping Popular.

“Nós estaremos cumprindo a lei. Se é para tirar da rua, vamos tirar. Agora tem a forma de abordagem para tirar. Tivemos um caso específico que foi uma reincidência e nós temos vários áudios de próprios colegas do ambulante solicitando a retirada porque ele estava trazendo consequências para a venda no centro comercial popular. Nós advertimos a nossa equipe para que o tipo de abordagem fosse diferenciada e com certeza vamos continuar a fiscalização para evitar esse tipo de problemática”, concluiu.

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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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