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Estamos vivendo o chamado “novo normal”, que vem impactando fortemente na área de recursos humanos das empresas. Recrutadores e candidatos precisaram se adaptar com os processos de seleção e de entrevista online. E, com isso, a maneira de se apresentar também precisa ser revista, principalmente neste momento em que o mercado oferece muitas oportunidades de trabalho temporário.
Neste final de ano, as qualificações a se destacarem devem ser um pouco diferentes, segundo Rogerio Bragherolli, economista especialista em capital humano e empregabilidade. Pelo crescimento do comércio eletrônico em função da pandemia, qualificações relacionadas a tecnologia, e-commerce e atendimento virtual devem ser priorizadas.
Então, na hora de elaborar o currículo digital, atenção a algumas dicas de Bragherolli:
Destaque as habilidades com tecnologia e softwares digitais logo no topo da apresentação profissional. O modelo de trabalho remoto e as habilidades com o novo mundo digital vêm se consolidando, sendo parâmetros de diferenciais.
Priorize informações relacionadas à flexibilidade profissional e de horário. Hoje é de suma importância o candidato apresentar disponibilidade para trabalho em formato home office, presencial ou como for melhor para a empresa.
Crie um currículo digital com no máximo duas folhas, com linguagem simples e leitura amigável, com layout profissional e convidativo. Como? Bom espaçamento entre linhas, destaques em negrito somente para as informações que devem ser ressaltadas, poucos sublinhados para não poluir.
Atenção à comunicação. A vaga pode ser para atendimento virtual e vai se destacar o candidato que demonstrar a melhor maneira de se expressar, sem usar gírias, abreviações e outros vícios de linguagem que as redes sociais acabam incorporando.
É fundamental demonstrar pró-atividade, interesse em aprender, em trabalhar em equipe. Isso fará a diferença
Inclua o endereço do Linkedin e outras redes sociais que possam contribuir com sua imagem pessoal e profissional. Por isso, é fundamental que as informações estejam alinhadas com o currículo.
Bragherolli alerta, ainda, para os candidatos terem cuidado com o que falam nas mídias sociais. Independentemente de sinalizarem no currículo, o recrutador certamente irá recorrer à internet para obter mais informações, principalmente sobre comportamento.
Atualmente, as redes sociais são filtros importantes. “Então, evite comentários religiosos, políticos, assuntos polêmicos que possam desviar a atenção da empresa interessada em você e levar ao questionamento de postura. Um comentário despretensioso pode se tornar agressivo ou não agradar justamente o profissional que está te avaliando”, complementa o especialista em empregabilidade.