Acorda Cidade
É dever da família, da sociedade e do estado assegurar a criança e o adolescente com absoluta prioridade o direito a vida, a saúde e a alimentação, educação, lazer e a profissionalização. Esses são alguns direitos da criança e do adolescente que está no artigo 227 da Constituição Brasileira, mas na prática, muitas das nossas crianças vivem uma realidade muito diferente.
A titular da Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), Daniele Matias, disse acreditar que os direitos da criança são tão violados, devido a inocência inerente a própria infância e que infelizmente não é algo incomum em Feira de Santana.
“Um dado importante que a gente observa nesse período de pandemia é que existe o isolamento, aulas não estão acontecendo e com certeza, pela própria dinâmica desse tipo de crime, onde os autores são pessoas sempre próximas à vítima, com certeza esses números estão aumentando, no entanto na contra mão desse contexto, temos um número menor de registros, justamente, por conta da pandemia, onde se evita ir a delegacia, e até por medo, pois muitas vezes a vítima não relata para a família”, afirmou.
Segundo a delegada, 90% dos autores de crimes sexuais infanto-juvenil, são pessoas de dentro de casa, parente ou alguém próximo à família. Ela destacou que é preciso prestar atenção nas crianças.
“Temos que olhar para nossas crianças com carinho, cuidado e ouvi-las. Quando uma criança ou adolescente sofre um tipo de crime sexual, ela dá sinais e eles podem ser sutis, mas existem. Às vezes a criança fica mais quieta, isolada, ela pode demonstrar um medo excessivo de alguma situação, então vamos observar nossas crianças com carinho e amor. Vamos nos aproximar dos nossos filhos. E não confie seu filho a outra pessoa”, alertou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade