Polícia

Desarticulada quadrilha chefiada por delegado

A operação teve como objetivo desarticular um grupo formado por servidores públicos e por pessoas que se passavam por policiais.

Acorda Cidade

 
Oito pessoas de uma quadrilha, liderada pelo ex-delegado titular da cidade de Gandu, Madson Santos Barros, foram capturadas na madrugada de hoje (14), em cumprimento a mandados de prisão. O resultado da Operação Pojuca, realizada em conjunto pelas polícias Civil e Militar e com o apoio do Ministério Público, em Salvador, Pojuca, Catu, Simões Filho e Gandu, prendeu, além do delegado, um soldado da Polícia Militar, um ex-carcereiro e cinco ex-comissários de menores.
 
Na ação, nove pistolas (cinco .380 e quatro .40), uma espingarda calibre 12, quatro algemas, dois coletes balísticos, dois uniformes e um distintivo da Polícia Civil, além de munições de diversos calibres foram encontrados em poder dos acusados.
 
Em entrevista coletiva, realizada esta tarde, no auditório da Secretaria da Segurança Pública, no CAB, o delegado-geral adjunto, Bernardino Brito Filho, explicou que a operação teve como objetivo desarticular um grupo formado por servidores públicos e por pessoas que se passavam por policiais.  “Temos o dever de garantir a cidadania, o respeito e a paz social e não admitiremos ações criminosas praticadas por quem quer que seja e, em especial, por autoridades públicas”, afirmou.
 
Investigada há mais de um ano e quatro meses, a quadrilha é acusada da prática de inúmeros crimes, a exemplo de homicídio, extorsão e usurpação da função pública. “As investigações apontam que o grupo atuava, inicialmente, na Região Metropolitana de Salvador e que passou a agir em Gandu, com a transferência do delegado Madson para aquela cidade”, declarou a promotora  Ediene Lousado, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) do Ministério Público Estadual.
 
Responsável pelas apurações, a delegada Ana Carolina Oliveira, da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), ressaltou que a quadrilha utilizava a estrutura da Polícia Civil, como viaturas, armas, algemas, coletes e distintivos da instituição, para praticar os delitos.
 
Além do delegado Madson Barros, estão presos na COE, sediada no Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, o soldado PM Manoel Santos de Jesus, o ex-carcereiro Mílton de Jesus e os ex-agentes de proteção de menores Edmílson Ferreira Ramalho, Jimi Carlos Jardim, José Sérgio dos Santos de Jesus, João Batista Neto e Paulo César Góes Dias. As informações são da SSP.
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