Acorda Cidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais, e no Brasil há mais de 28 milhões de pessoas que se encaixam nesse grupo, número que representa cerca de 13% da população. Com a longevidade dos brasileiros crescendo e o número de idosos aumentando, doenças que acometem aos mais velhos são cada vez mais comuns, como é o caso da sarcopenia – problema que atinge a musculatura.
Depois dos 40 anos, é natural que ocorra a perda de 5% da massa muscular anualmente em pessoas que não se exercitam. Com o tempo, o percentual de diminuição aumenta e as perdas são mais severas, podendo chegar a um caso clínico, no qual mobilidade e força são reduzidas e a probabilidade de lesões sérias, em caso de queda, aumenta.
Os casos de perda acentuada são chamados de sarcopenia, e mais de 50 milhões de pessoas no mundo são acometidas por essa doença atualmente – o que equivale a 30% dos idosos –, com redução de mais de 25% da massa magra (músculos) do corpo.
Causa
A sarcopenia tem origem multifatorial, isto é, são diversos fatores que a causam, porém os principais estão ligados ao estilo de vida, já que o corpo necessita de movimentação regular para manter os músculos ativos, assim como uma boa alimentação, contendo quantidades adequadas de proteína e outros nutrientes. Portanto, a maior parte dos casos poderia ter sido prevenida com hábitos saudáveis. Mas, além desses agravantes, há questões genéticas que aumentam a propensão à doença em algumas pessoas.
Diagnóstico
A condição geralmente é diagnosticada por médicos clínicos gerais ou geriatras, a partir de exames de tomografia em regiões como pernas e abdômen, para medir o volume de massa muscular existente. Outros exames, como densitometria de corpo inteiro, ressonância magnética e ultrassom, também são utilizados para o diagnóstico, mas a solicitação desses procedimentos é menos comum.
Tratamento
Para desacelerar a perda muscular e até mesmo reverter o quadro, as recomendações mais recorrentes são a prática de exercícios de resistência, como musculação e pilates, com intensidades controladas de acordo com as condições de cada paciente, além de dieta para ganhar massa muscular, que pode ser acompanhada de suplementos alimentares, ou até mesmo anabolizantes em casos mais graves, nos quais o médico acredite ser necessário.