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O estado de situação de emergência da cidade de São Miguel das Matas, no Vale do Jiquiriçá, foi homologada pelo governo do estado nesta sexta-feira (25), por causa dos terremotos que atingiram a região no final de agosto. Um deles teve magnitude de 4,6.
A prefeitura já havia decretado a situação de emergência no início de setembro. De acordo com a publicação do Diário Oficial da Bahia nesta sexta, a medida foi tomada por causa dos danos decorrentes de tremor de terra que afetou as atividades econômicas e atingiu a população.
O estado de emergência vale por 180 dias, retroagindo seus efeitos a 31 de agosto. O estado também prevê que a homologação é para preservar o bem-estar da população, com a adoção de medidas que se fizerem necessárias. Nos decretos municipais ficaram autorizadas as seguintes medidas:
Mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a direção da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, nas ações e medidas urgentes e necessárias para o atendimento das famílias afetadas até o retomo da normalidade, assim como de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução/desobstrução;
Convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a direção da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil;
Fica autorizado às autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, diretamente responsáveis pelas ações de resposta aos desastres, em caso de risco iminente, a: entrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação; utilizar propriedades particulares, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
Terremotos na Bahia
O primeiro tremor começou pouco antes das 8h de 30 de agosto, e durou cerca de 20 segundos. Depois, uma nova trepidação, desta vez mais branda, por volta das 8h20.
Segundo cálculos do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o terremoto teve magnitude de 4,6.
Apesar do epicentro ser entre o Recôncavo Baiano e o Vale do Jiquiriçá, o tremor foi sentido em várias regiões do estado, como Salvador e cidades das regiões sul e sudoeste. Depois:
– Já na noite do dia 30 de agosto, um novo tremor foi sentido em Amargosa. Dessa vez, o terremoto teve magnitude de 2,7.
– Na madrugada de 31 de agosto, um novo terremoto, com magnitude de 3,5, foi registrado. Os tremores foram sentidos principalmente em Amargosa, Brejões e Elísio Medrado.
– No dia 1º de setembro, novos tremores foram registrados nas cidades. Nesse mesmo dia, a UFRN divulgou que 17 ocorrências de tremores foram registrados em municípios baianos em menos de uma semana.
– No dia (2), mais terremotos voltaram a ser sentidos entre Amargosa e São Miguel das Matas. O maior deles teve 1,8 de magnitude.
– No dia (3), a Defesa Civil do Estado (Sudec), registrou dois tremores em Amargosa.
Fonte: G1