Rachel Pinto
A cantora Vina Calmon, vocalista da Banda Cheiro de Amor, esteve ontem (13) em Feira de Santana para participar da live que comemorou os 42 anos da rádio Princesa FM 96.9. Feliz pelo convite, ela disse que também aproveitou a data para comemorar os 40 anos da Banda Cheiro de Amor.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Uma delícia participar dessa comemoração porque é uma história que se confunde. São 42 anos da Princesa FM e 40 anos da Cheiro de Amor. A Princesa FM é nossa parceira e é com um enorme prazer, imensa alegria que estamos aqui para poder comemorar esse aniversário hoje”, disse.
Vina afirmou também que a pandemia trouxe a realidade das lives e para ela, esse novo modelo de apresentação é uma forma de se aproximar do público. Na opinião da cantora, as lives vieram para agregar no segmento artístico neste momento difícil e são uma forma dos artistas estarem em atividade.
Sabemos que é necessário nesse momento o distanciamento. Tem sido muito difícil. É diferente está olhando para uma câmera e estar no palco, no trio, sentindo o calor do seu público. Mas é necessário. As lives vieram para agregar até mesmo porque se não fossem elas, talvez a situação estivesse muito pior. Então sou grata as lives. É diferente e é uma forma de nos aproximar de alguma forma do nosso público, é um perto longe, é um longe perto”, ressaltou a cantora em entrevista ao Acorda Cidade.
Em sua participação durante a live da Princesa FM, Vina apresentou sucessos novos e antigos da Banda Cheiro de Amor. Natural de Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, ela veio morar na Bahia aos cinco anos de idade e passou toda a infância na cidade de Sobradinho. Vina relatou que se sente “pernambaiana” e que tem mistura de raízes pernambucanas e baianas. A paixão pela cidade de Salvador, onde mora atualmente, segundo ela, está em sua essência, assim como o dendê que é um tradicional ingrediente da culinária baiana.
Impacto da pandemia na vida dos artistas
Vina pontuou também sobre o impacto da pandemia na classe artística. Ela destacou tanto os impactos financeiros, como emocionais e psicológicos. Segundo Vina, as lives são também uma oportunidade de trabalho, uma vez que os artistas recebem cachês.
“Ficar sem trabalhar não é bom para ninguém. A gente não pode se arriscar e então de fato não pode trabalhar. Financeiramente tem afetado todo o meio artístico e emocionalmente também. Tem muita gente em depressão e se não tiver cuidado, se não for uma pessoa forte, que é apegada com Deus, que trabalhe o seu psicológico emocional, não suporta. Quem faz arte, precisa expressar isso de alguma forma e se não está tendo oportunidade de fazer, também enlouquece, eu falo que as lives vieram para agregar porque além de ajudar muita gente; porque minha banda ganha um cachê para fazer uma live, assim como outras bandas; é uma forma de ajudar o artista, o cantor, quem toca. Poder expressar isso é fundamental”, informou Vina ao Acorda Cidade.
Mesmo reconhecendo todas as dificuldades impostas pela pandemia, Vina não deixa de acreditar que tudo irá passar e que as pessoas irão se reerguer. Ela observou que muitos artistas terão que recomeçar do zero, que será difícil, mas não se deve desistir. A cantora afirmou também que caso tenha oportunidade pretende aderir ao formato de shows “in drive”.
“É um formato que não é fácil de fazer e não é todo mundo que vai conseguir fazer eventos desse tipo. Mas, eu acho bacana e é uma oportunidade de se reinventar”, finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.