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A cesta básica em Feira de Santana custou R$ 370,50 em julho, o que indica queda consecutiva de valor, considerando o levantamento realizado no mês de junho pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
De acordo com a equipe de professores e alunos da universidade, que trabalha no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, o valor da cesta básica do cidadão feirense caiu 1,21% em julho, frente ao que foi contabilizado no mês anterior.
O tomate foi o principal produto a responder por essa queda, uma vez que o seu preço médio apresentou redução de 15,14 %.
Dos 12 itens que compõem a ração essencial mínima (arroz, feijão, farinha, carne, legume, fruta, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga), além do tomate, mais sete produtos também registraram preços menores no mês, com destaque para: feijão (queda de 8,13%); pão (redução de 4,39%); banana (queda de 4,36%) e farinha mandioca (redução de 4,22%). O demais (arroz, açúcar e óleo) registraram preços médios inferiores aos de junho, em -3,12%; – 2,1% e -1,18%, respectivamente. Já a carne foi o “vilão” do mês, com aumento de 11,35%.
O custo dos três produtos básicos (arroz, feijão e carne), que compõem o almoço do cidadão feirense, foi responsável por 40,01% do valor da cesta básica de julho.
Já os quatros itens tradicionalmente encontrados no café da manhã, pão, manteiga, café e leite, responderam por 31,27% da mesma cesta. Reunidas as duas refeições básicas (almoço e café da manhã), constata-se uma elevação na sua participação no custo da cesta em julho (71,28%) frente à importância levantada no mês anterior (68,75%).
A cesta básica e o salário mínimo
O trabalhador feirense, cuja remuneração equivale ao salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho de 84 horas e 19 minutos, em julho de 2020, para comprar a cesta. Em junho passado, o tempo necessário foi de 85 horas e 21 minutos.
Em julho de 2020, o custo da cesta em Feira de Santana comprometeu 38,33% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários), percentual pouco menor que o de junho (38,8%).