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Veiculada ontem, dia 5, a notícia de que o governo federal não lançará edital do Bolsa Atleta em 2020 foi recebida com preocupação por Vicente Neto, diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte. Segundo a coluna Olhar Olímpico do portal UOL, assinada pelo jornalista Demétrio Vecchioli, a sinalização dada pelo governo é de que irá unificar as edições 2020 e 2021, levando, na prática, a suspensão do benefício durante 12 meses.
“Vejo com enorme preocupação a notícia, que se confirmada irá trazer ainda mais prejuízos para os atletas, principalmente aqueles que estão se preparando para Olimpíada 2021. O momento exige união de todos para fortalecer o segmento, bastante atingido pela pandemia do coronavírus. Mas ao invés disso, o governo federal vem, com essa medida, penalizar ainda mais os atletas”, pontua Vicente.
O gestor lembra que, diferentemente do comportamento adotado pelo governo Bolsonaro, encontra-se em tramitação no Senado o projeto de lei 2824 que prevê auxílio financeiro ao segmento esportivo durante a pandemia. A proposta legislativa já foi aprovada pelo plenário da Câmara Federal no dia 16 de julho. “Temos que somar esforços para auxiliar os atletas e o esporte, e não adotar medidas que prejudiquem políticas já consolidadas, como é o caso do Bolsa Atleta”, fala o diretor da Sudesb.
Ao fazer um contraponto com o Governo da Bahia no apoio ao esporte, Vicente Neto informa que o programa FazAtleta, que oferece isenção fiscal a empresas que apoiam atletas ou projetos, segue ativo no estado. “Para 2020, são 4,5 milhões de reais destinados ao programa. A comissão gerenciadora acaba de aprovar 24 dos 32 projetos já apresentados por atletas e entidades. Isso em falar no programa Bolsa Esporte, cujo edital de 2020 encontra-se em fase final de preparação para ser brevemente lançado”, diz o diretor.