Rachel Pinto
Atualizada às 12:59
O presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs), José de Souza, em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (30), fez alguns esclarecimentos sobre a polêmica do aumento da frota de ônibus da cidade e comentou sobre as declarações do prefeito Colbert Martins que associou a redução da frota ao acordo que as empresas fizeram com os colaboradores de redução de salário.
Segundo ele, os funcionários fizeram um acordo com as empresas para a manutenção dos empregos e em nenhum momento o acordo proibiu o aumento da frota de ônibus. A prefeitura tem autonomia para junto com as empresas aumentar a frota, assim como as empresas podem convocar cerca de 80 funcionários que estão de férias para que voltem a trabalhar.
“Nós queremos que a frota volte a operar o normal. O sindicato não é contra em momento algum, inclusive nós temos além dos companheiros que estão na redução de salário, mais 80 companheiros de férias e eles podem retornar para voltar a operar, O problema é que tem uma queda de receita e isso ninguém fala, por exemplo a empresa quando operava com 100% da frota, ela carregava 110 mil passageiros no mês e hoje ela reduziu 50% que não é 50%, é menos de 50%, está carregando 30 mil passageiros e é esse desequilíbrio que existe e que ninguém fala. Tem um custo e para colocar os ônibus para rodar para operar normalmente e é claro que alguém, terá que bancar isso”, frisou.
José de Souza declarou que há 70 ônibus circulando na cidade e o ideal era em torno de 100 ônibus.
“É isso que está acontecendo e ninguém quer assumir e está colocando essa responsabilidade nas costas do sindicato. O sindicato não é responsável por operação de ônibus. Somos defensores dos trabalhadores. Se colocar mais ônibus volta a subir a quantidade de passageiros, mas para fazer isso quem tem que fazer é a Secretaria e as empresas. Nós trabalhadores não temos esse poder , nos estamos aqui para trabalhar, para operar e se por exemplo, voltar hoje mais 20%, a empresa pode convocar os trabalhadores que estão na redução”, acrescentou.
O sindicalista relatou que diante do cenário de pandemia, as empresas demitiram 293 funcionários. A proposta é que mais 120 também fossem demitidos, mas o sindicato conseguiu dialogar e as empresas voltaram atrás em fazer novas demissões.
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