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Além de serem conhecidos por desencadearem problemas no sistema respiratório, períodos de tempo frio e ar seco como o inverno também deixam as pessoas mais suscetíveis às doenças oculares. Por isso, é importante que os cuidados com a saúde dos olhos sejam intensificados nesta estação do ano.
O oftalmologista no Sistema Hapvida, Eduardo Nery, explica que durante o inverno, quando o tempo está mais frio e a umidade mais baixa, os nossos olhos passam a ter algumas complicações. Além das alergias, problema que atinge aproximadamente 20% da população brasileira, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), é comum também o maior índice de conjuntivite viral, alérgica ou bacteriana, além do aparecimento da Síndrome do Olho Ressecado.
Segundo o especialista, a prevalência da conjuntivite viral ou bacteriana ocorre por causa das aglomerações em locais mais fechados e, consequentemente, menos arejados, o que acaba por gerar uma maior proliferação e um maior índice de infecção. Entre os sintomas, estão a sensação de areia, corpo estranho nos olhos e forte lacrimejamento. Já a causa do olho seco se dá com a baixa umidade. “A produção das lágrimas ocorre de maneira insuficiente e a pessoa apresenta sintomas como olhos vermelhos e ressecados, ardência e, em alguns casos, o embaçamento visual”, explica.
Para a prevenção dos sintomas da síndrome do olho seco, o oftalmologista Eduardo Nery orienta que as pessoas evitem locais climatizados, por causa da baixa umidade do ar, e aumentem a frequência do piscar, por ser o meio natural de umedecimento da superfície dos olhos. “Em casos onde há a persistência dos sintomas, a consulta oftalmológica é recomendada, pois poderemos fazer a indicação correta de colírios para a hidratação ocular”, indica Nery.
Em relação a conjuntivite viral ou bacteriana, é importante evitar locais com aglomeração e pouco arejados, evitar levar a mão aos olhos e, sempre que possível, lavar e higienizar as mãos para evitar a contaminação ou transmissão da bactéria ou vírus da conjuntivite. O tratamento indicado vai depender do diagnóstico do oftalmologista, mas em geral é feito com em casos virais ou bacterianos, com colírios ou com antibióticos apropriados.