Feira de Santana

Centenário de feirense é comemorado com missa transmitida pela internet

O professor Washington Moura, que é um dos 13 filhos de Santo, lembra que os pais construíram uma história de luta e também de muito amor e dedicação, especialmente aos filhos.

Daniela Cardoso e Ney Silva

O feirense Santo Moura completa 100 anos nesta quinta-feira (9). Sem poder comemorar com uma festa, devido a pandemia que estamos vivendo, os filhos, entendendo a importância da data, decidiram fazer uma missa em ação de graças, transmitida pelo Instagram, e vão cantar os parabéns para o pai.

O professor Washington Moura, que é um dos 13 filhos de Santo, lembra que os pais construíram uma história de luta e também de muito amor e dedicação, especialmente aos filhos, onde eles fizeram questão de investir nos estudos, apesar de todas as dificuldades.

Naturais da cidade de Gavião na Bahia, os pais sempre priorizaram a educação dos filhos. E segundo Washington Moura, esse foi um dos motivos para a família se mudar para Feira de Santana. A mãe e os filhos vieram na frente, enquanto Santo Moura ficou em Gavião trabalhando para ajudar o sustento da família no novo endereço.

“Consideramos nosso pai um grande exemplo de batalhador. Desde criança que acompanhamos a luta dos nossos pais para nos proporcionar uma educação adequada. As dificuldades foram imensas. Minha mãe fazia doce pra nós vendermos e meu pai produzia e comercializava sisal e carne. Quando parte dos filhos completou o quinto ano primário, nós não tínhamos condições de continuar os estudos lá em Gavião e meus pais tomaram uma atitude audaciosa de nos trazer para continuarmos nossos estudos aqui em Feira de Santana. Minha mãe veio com 11 filhos e meu pai ficou em Gavião para prover os recursos financeiros necessários para nos manter aqui. Chegando em Feira, eles ainda adotaram mais duas crianças”, relatou.

Washington destaca que todos os filhos sempre tiveram muita vontade que os pais pudessem acompanhar e usufruir desse esforço que fizeram para criá-los. Porém a mãe não pôde ver a formação de todos os filhos, pois faleceu aos 67 anos. Ele lembra que na época parte dos filhos já tinha concluído nível superior, mas afirma que a mãe não pôde ver a formação cidadã, que os pais sempre valorizaram muito, de todos os filhos.

Já o pai, que nasceu em 1920, está tendo a oportunidade de acompanhar por mais tempo e conviver mais com os filhos, netos, bisnetos e tataranetos. O filho destaca que os 100 anos completados pelo pai nesta quinta, é motivo não só de comemoração, mas também de agradecimento. Ele lembra que o pai esbanja vitalidade, uma memória extraordinária e muito orgulho da família.

“Temos muito que agradecer a Deus por essa dádiva. Recentemente ele foi acometido pela chikungunya e teve que ficar internado por cerca de 15 dias em estado grave, mas graças a ótima equipe médica ele se recuperou e voltou a sua forma de antes. Queríamos fazer uma festa para comemorarmos o aniversário do nosso pai, no entanto a situação da pandemia que vivemos não nos permite. Entendemos que não é possível e realizamos uma missa em casa com parte dos filhos, cantaremos os parabéns a noite e vamos enfatizar os agradecimentos a Deus, que sabe de todas as coisas. O momento é de agradecimento”, destacou.

'Retrato da felicidade'

Fã e ouvinte do programa Acorda Cidade, o filho do aniversariante conta que ele gosta muito de uma foto ao lado de Dilton Coutinho, que foi tirada durante um churrasco realizado na casa dele. Segundo o professor Washington Moura, Dilton passou em frente a casa dele e parou pra registrar o momento. Ele conta o pai fica muito feliz quando esse momento é recordado. Parabéns, sr. Santo Moura!

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