Rachel Pinto
Os comerciantes do Mercado de Arte Popular (MAP) de Feira e Santana estão preocupados com a possibilidade da prefeitura de Feira de Santana cobrar taxas dos boxes nesse período de pandemia. De acordo com eles, até o momento não houve nenhum posicionamento da prefeitura sobre o assunto e nem da Associação dos Comerciantes do MAP.
A comerciante Leu Santos que tem um boxe no MAP informou ao Acorda Cidade que os comerciantes estão passando por uma crise e que a Secretaria Municipal de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico não está dando apoio a categoria. De acordo com ela, o local não tem movimento de clientes.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Ninguém está comprando roupas. O comércio caiu muito. O MAP ficou muitos dias fechado e estamos abandonados. Jogados às traças. Não temos nenhum tipo de apoio e queremos ter uma posição. Temos que ficar isentos das taxas”, comentou.
A comerciante Ione Alves que também trabalha com confecções no MAP relatou sobre as dificuldades enfrentadas nesse período de pandemia da covid-19 e segundo ela, a administração do entreposto em nenhum momento conversou com os comerciantes para saber da real situação e os comerciantes estão sem saber o que fazer.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“A gente está sem saber se realmente estamos isentos das taxas desses três meses. Queremos uma posição, porque nunca houve uma reunião com a gente. A Associação dos Comerciantes do MAP não nos dá o apoio de nada e quando faz é só com os adimplentes. A gente não está tirando o dinheiro da passagem nem do alimento. Estamos recebendo ajuda dos familiares”, contou.
O Secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior disse que defende a isenção das taxas para os comerciantes do MAP nesse período de pandemia. No entanto, ele informou que aguarda uma posição da Procuradoria Geral do Município (PGM).
“Nós tivemos uma reunião com o secretário Expedito Eloy e também a provocação da Associação do Mercado de Arte Popular, solicitando essa prerrogativa de suspensão dos DAMs no período da covid-19. Pelo entendimento da Sefaz isso, no ano de eleição, o município não pode dar nenhuma isenção, mas em função da covid, vai se verificar as possibilidades legais, encaminhando a Procuradoria Geral do Município para dar os encaminhamentos necessários e de lá para cá nós não estamos fazendo nenhuma abordagem de cobrança em função dessa questão. Mas, no meu entendimento, já que a unidade está fechada por algum tempo em função da pandemia, entendo que não devem ser cobrada essas taxas, mas vamos aguardar os posicionamentos legais para que a gente possa tomar as providencias”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.