Daniela Cardoso e Ney Silva
Entre as mudanças de comportamento causadas pela pandemia do coronavírus, estão as que dizem respeito ao consumo. O Acorda Cidade procurou o Procon de Feira de Santana para saber se as queixas que chegam ao órgão neste período são diferentes das de antes. Camilo Cerqueira, diretor de fiscalização, afirma que o foco agora tem sido nas compras feitas pela internet e também referentes as compras de ingressos para camarotes na Micareta 2020, que não aconteceu, devido a pandemia.
"Está havendo mudanças nessas demandas. Tem questões relacionadas a cancelamentos de passagens aéreas, contratos das escolas, prestações de serviço, existem muitas reclamações relacionadas a isso. Temos também a questão dos camarotes e compras pela internet e nós estamos atentos negociando essas situações, junto aos fornecedores", afirmou.
Segundo ele, as empresas líderes de reclamações nesse período se mantêm as mesmas de antes da pandemia: Embasa, Coelba, seguidas das operadoras de telefonia. Também existem muitas reclamações relacionadas as prestadoras de serviço de internet e também aos planos de saúde e bancos.
Camilo destacou que a média de resolutividade dos casos que chegam ao Procon é de 80%. Os outros 20% são abertos processos administrativos e são encaminhados, diante da falta de solução, para os juizados especiais, onde as partes precisam receber algum dano moral ou material.
Camilo Cerqueira informou ainda que o Procon de Feira faz parte do Movimento Procon Brasil, que preconiza a negociação entre as partes, para que eles possam conciliar e não haver perdas e prejuízos. Segundo o chefe de fiscalização, uma vez ao mês é realizada uma reunião através de live, onde o superintendente participa para sincronizar as ideias e as formas de entendimento, além de como proceder diante das dificuldades que estamos vivendo.