Andréa Trindade
O acusado de cometer dois homicídios em Feira de Santana e de ter participação na chacina ocorrida em março do ano passado, na localidade de Vila Verde, no conjunto Feira X, onde cinco pessoas foram mortas, foi apresentado na manhã desta sexta-feira (1º) no Complexo Policial Investigador Bandeira.
Júlio Cesar de Jesus, 19 anos, residente na rua Paulo Afonso, no bairro Jardim Cruzeiro, foi preso por policiais do Serviço de Investigação da 2ª Delegacia após mandado de prisão expedido pelo Juiz Edvaldo Oliveira Jatobá. Ele é suspeito de ter matado Franciso Nery Júnior, 49 anos, no bairro Aviário do dia 10 de setembro de 2010 e Renilson Pereira Ribeiro, 41 anos, que morava na rua Itororó, no bairro Jardim Cruzeiro, na noite do dia 19 de março, deste ano.
Renilson foi morto com um tiro no pescoço e outro no rosto, quando estava em um bar, na rua Esplanada, no bairro onde morava.
Sobre esses crimes, o acusado alega que matou para se defender, uma vez que, segundo ele, estava sendo ameaçado de morte por causa de uma rixa envolvendo familiares nos dois casos.
“Matei para não morrer. Ele rachou a cabeça do meu primo. Fui lá e dei dois tiros, ” relatou Júlio César referindo-se a morte de Renilson e afirmando que comprou a arma para se defender e matar as vítimas.
A polícia também suspeita que ele tenha participação na chacina ocorrida no bairro Feira X, no ano passado, mas ele nega.
O delegado Madson Pereira Sampaio disse ao ACORDA CIDADE que as investigações da morte de Renilson começaram desde o momento em que o fato foi registrado.
“Jatinhamos provas da autoria, mas faltava localizar os acusados. As diligências foram feitas nesta madrugada pelos policiais do SI da 2ª delegacia e conseguimos encontrar não o responsável pela morte de Renilson, mas do envolvido na chacina ocorrida no bairro Aviário”, disse o delegado informando que a arma foi apreendida e que o homicídio está elucidado.
Com a prisão preventiva decretada , Júlio César já está a disposição da justiça, mas ainda resta a polícia colher outras provas relativas ao caso, porque segundo o delegado, não basta apenas a confissão do acusado e da entrega da arma.
“É preciso colher mais provas para que o conjunto probatório seja suficiente para sua condenação”, explicou Madson dizendo que o acusado apesar de jovem tem uma extensa ficha de passagens na delegacia. As informações são do repórter Ed Santos, do programa Acorda Cidade.