Acorda Cidade
A conquista do Brasileirão pelo Flamengo em 2009 rendeu a Adriano alguns prêmios, como o de melhor jogador da competição, mas também algumas polêmicas. Em gravações telefônicas da polícia, publicadas pelo jornal carioca “O Dia”, o Imperador mostra ironia em relação às operações de blitz da PM e não dá bola para o fato de dirigir sem habilitação.
No primeiro diálogo registrado, no dia 11 de dezembro de 2009, o primo do jogador, Vágner, brinca com o fato de terem escapado de uma blitz.
Vagner — Passou na britada (blitz) com o c. na mão. Não tem um papel pra falar que tu é o Adriano, p.!
Adriano – E a minha cara? Minha cara é o quê? Minha cara?! Tá maluco?
Vagner — Cara de pau que tu é… Cara de pau. Se fosse parado, ia dar hambúrguer pros polícia (sic).
Vagner, aliás, é personagem de outra conversa captada pela polícia. Ao falar com um empresário de identidade desconhecida, o primo de Adriano discute sobre o futuro do Imperador, que dias depois seria negociado com o Roma e revela que a mãe do jogador, Dona Rosilda, estava preocupada com o filho, insistindo para que ele permanecesse no Brasil se tratando.
O empresário, por sua vez, insistia que o melhor para o Imperador era ir para a Itália. Apesar disso, ressaltava que Adriano mandava e desmandava no Flamengo, pois Isaías Tinoco, gerente de futebol, e a presidente Patrícia Amorim permitiam esse tratamento de estrela.
As ligações do Imperador passaram a ser monitoradas com autorização da Justiça. O objetivo, na época, era buscar novas informações sobre uma investigação feita com os líderes do tráfico de duas favelas cariocas, Furquim Mendes e Dique, que estavam escondidos na Chatuba.
As escutas também devem acelerar o processo de suspensão da habilitação do jogador, que recebeu 26 multas entre março de 2010 e março de 2011. As informações são do Globo Esporte