Feira de Santana

Manifestação em frente à casa do prefeito protesta contra fechamento do comércio

'A gente está vendo os óbitos dos empregos', diz manifestante no protesto.

Andrea Trindade

Cerca de 50 pessoas que são contra o fechamento do comércio de Feira de Santana realizaram mais um protesto. Desta vez, eles realizaram uma manifestação na tarde deste domingo (24), em frente ao condomínio onde mora o prefeito Colbert Martins, no bairro Santa Mônica. Os manifestantes se dirigiram até o local acompanhados por um carro de som tocando o Hino Nacional. Em frente à casa do prefeito, eles ficaram por cerca de 40 minutos, protestando.

Representando os comerciantes e comerciários no protesto, a psicóloga Rocheane Rocha, disse ao Acorda Cidade que não estão claras as justificativas pelas quais o prefeito determinou o fechamento do comércio. Ela informou também que todos os comerciantes estavam adotando as medidas de proteção contra o coronavírus e que os números ques estão sendo divulgados, para ela, não são oficiais.

Ela considera como oficial apenas o boletim da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e não os da Prefeitura Municipal de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Saúde, que já contabiliza 117 pessoas recuperadas e 200 pessoas ainda em tratamento. A prefeitura informa também seis pessoas já faleceram com a doença e 323 casos já foram registrados na cidade. A Sesab, por sua vez, informou que a cidade possui três óbitos e 248 caos. Os dados são do boletim de sábado (23), o deste domingo serão divulgados ainda hoje (24)

“O que motivou o grupo vir aqui foi nossa insatisfação com esse novo fechamento do comércio. Todo mundo no comércio tomou todas as precauções. Todas as lojas colocaram álcool em gel a disposição dos clientes, faixas nas portas das lojas explicando que não podem entrar sem máscara, então, tudo o que foi solicitado para que os comerciantes fizessem foi seguido. Por que esse fechamento novamente? As pessoas estão sem dinheiro, não é todo mundo que teve direito ao auxílio emergencial do governo federal”, declarou.

Foto: Ed antos/Acorda Cidade

“Eles estão fechando o comércio agora, mas quando for a eleição, que está bem próxima, o povo não vai esquecer disso e vai dar a resposta. Eles só divulgam o número de pessoas infectadas e os que morreram, mas por que não divulgam o número de pessoas curadas. Por que as notícias boas não falam? Se vocês forem olhar o boletim a proporção de pessoas que estão curadas é bem maior. Matematicamente a gente não vê justificativa para esse fechamento do comércio. Todo mundo sabe que existe o vírus, mas o consenso do grupo, e de tantas outras pessoas que não estão aqui, é que exija da população as medidas protetivas e todo mundo estava se esforçando para cumprir. A melhor solução é a que o presidente Bolsonaro disse. Do que se adianta se proteger do vírus e passar necessidade? Nosso grupo fez coleta de alimento para doar para as pessoas que já estão passando fome”, afirmou.

Sobre o número de pessoas ainda em tratamento, vale destacar, que já é maior do que número de pessoas recuperadas.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

“As coisas não estão claras para que a gente fique satisfeito e respaldado de que se tem que fechar novamente o comércio. A gente não está vendo todo esse número de óbito que eles estão dizendo que vai ter. A gente está vendo os óbitos dos empregos. A gente vai ver os óbitos das lojas fechadas. Fome também mata”, concluiu.

O número de pessoas recuperadas são divulgadas diariamente com os demais dados.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

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