Acorda Cidade
O Kuban Krasnodar tentou, de uma forma nada convencional e muito marginal, convencer um jogador da equipe a rescindir seu contrato. Insatisfeitos com o rendimento do atacante montenegrino Nikola Nikezic, os dirigentes do clube, décimo colocado do Campeonato Russo, chamaram o jogador para uma conversa no CT da equipe no último dia 7 de março.
Mas não era uma simples conversa. Segundo Nikezic, dois seguranças armados entraram na sala e o agrediram, exigindo que ele assinasse a rescisão de contrato unilateral, sem receber nenhuma compensação financeira.
– Um dos homens colocou os papeis na minha frente de uma maneira agressiva e falou para eu assinar. Quando eu disse que ainda tinha mais um ano de contrato e que essa negociação deveria ser feita na presença do meu empresário, eu recebi um forte soco no fígado. O outro cara tirou o casaco e mostrou duas pistolas em um coldre. Voltaram a exigir que eu assinasse e, quando recusei, levei mais um soco e comecei a ser estrangulado. Depois de 20 minutos, acabei assinando três documentos cujo conteúdo eu não entendia por estar em russo – contou Nikezic que, logo após o incidente, entrou em contato com seus agentes e enviou uma carta à Fifa e a Uefa relatando tudo que aconteceu.
Em um primeiro momento, a diretoria do Kuban negou qualquer envolvimento. Mas, nesta quarta-feira, ele soltaram uma nota oficial dizendo que chegou a um acordo sobre a rescisão com o atacante e que ele receberá 256 mil dólares como compensação financeira pelo restante do compromisso.
– Chegamos a conclusão de que era coisa certa a fazer e encerrar esse caso sem mais complicações – diz um trecho do comunicado, sem fazer nenhuma citação a uma possível agressão a Kikezic.
As informações são do Globo Esporte