Daniela Cardoso
As recomendações de distanciamento social acarretaram em algumas mudanças relacionadas a comercialização de medicamentos. De acordo com a farmacêutica Tarsila de Souza, as modificações são no sentido de colaborar para que as pessoas se mantenham em casa. Ela destaca que essas medidas permite que as pessoas, principalmente os diabéticos, hipertensos e idosos, que fazem parte do grupo de risco da covid-19, evitem sair de casa, diminuindo o risco de contrair a doença.
“Por exemplo, o programa Farmácia Popular, que é bastante abrangente, passou por algumas modificações e foi liberada uma nota técnica na qual a dispensação dos medicamentos, que era apenas para 30 dias, podem ser aviados para até 90 dias. Além disso, o prazo da receita, que tem validade de seis meses, no geral, passou para um ano, justamente para que as pessoas que tem dificuldade de ir ao médico pegar outra receita continuem fazendo seu tratamento de forma correta”, explicou.
Outra modificação que farmacêutica Tarsila de Souza citou é a possibilidade de se comprar com a procuração simples, sem necessidade de registro em cartório. Desse modo, o idoso pode pedir a uma pessoa mais jovem para ir a farmácia e comprar o medicamento.
Houve mudanças também em relação aos medicamentos de venda controlada, que agora pode ser liberado por mais tempo, chegando há até seis meses. Tarsila destaca que isso permite que as pessoas não necessitem ir ao médico apenas para ter uma receita.
A farmacêutica afirma ainda que houve uma mudança de comportamento do consumidor em relação a compra dos medicamentos. Segundo ela, no início da pandemia a compra de medicamentos aumentou um pouco, mas depois voltou ao normal. A mudança percebida no momento é que as pessoas estão indo menos as farmácias e optando pela compra por delivery.
“A gente percebe a mudança para o delivery, que traz segurança e comodidade para o cliente, inclusive os remédios controlados, que não poderiam ser vendidos por telefone e hoje já conseguimos realizar essa venda e fazer a entrega”.
Teste rápido para detecção do coronavírus
Com relação a liberação para as farmácias fazerem o teste rápido para o novo coronavírus, a farmacêutica Tarsila de Souza disse que a rede de farmácia que ela trabalha ainda não está fazendo esses testes, pois é necessário estudar para entender como fazer isso de uma maneira segura para os clientes e funcionários.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade