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Caminhoneiros que trafegavam pela BR 116 sul na manhã desta sexta-feira, 24, na região de Feira de Santana KM 429, puderam ser vacinados contra a gripe influenza. A iniciativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em conjunto com a Prefeitura através da Secretaria Municipal de Saúde é mais um esforço no apoio a estes profissionais que seguem no transporte de itens essenciais – e que estão incluídos nesta segunda fase da campanha nacional de vacinação contra influenza promovida pelo Ministério da Saúde.
O objetivo desta estratégia é facilitar a oferta da vacina, assegurando a imunização destas pessoas que trabalham de forma itinerante, percorrendo diversos locais do país.
O atendimento inicial promovido pela equipe do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) da Secretaria de Saúde foi organizado por uma triagem, onde o motorista se apresenta e tem a temperatura medida por um termômetro a laser.
"Se o motorista estiver com a temperatura elevada, o que configura febre, a vacinação deve ser adiada por recomendação do Ministério da Saúde e então orientamos que ele procure assistência médica, pois é um sintoma do coronavírus. Felizmente não tivemos nenhum condutor com febre e todos que chegaram foram vacinados", afirma Daiane Lopes, enfermeira do CEREST.
Saindo de Sergipe com destino a Salvador, o caminhoneiro Sérgio Roberto, 40 anos, foi imunizado e compreende que a vacina previne contra a influenza, mas neste momento de contágio pela Covid-19 é necessário também manter os hábitos de higiene. "Se a gente quer contribuir para que este momento passe logo precisamos nos esforçar e fazer o recomendado pelos órgãos de saúde. Precisamos criar o hábito de lavar as mãos, usar máscaras e ficar em casa se possível", opinou.
Ele ainda acrescentou que esse momento tem sido difícil para ele pois evita contato os familiares quando retorna das viagens. “Não posso parar de trabalhar, graças a Deus a minha categoria ainda está podendo trabalhar, mas não poder beijar meus filhos dói demais. Sabemos que é por uma boa causa e isso tudo vai acabar logo, é apenas uma fase”, afirma o caminhoneiro.
Após a triagem e vacinação, o motorista deve seguir a abordagem com a equipe do Serviço Social do Transporte (SEST) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) que oferece orientações de educação em saúde aos caminhoneiros, em seguida recebem um kit com luvas, máscaras, álcool gel, sabonete, guardanapo e uma camisa.
Para o inspetor da PRF, Vagner Gomes, os caminhoneiros são um grupo vulnerável a contrair a influenza ou coronavírus, já que precisam se deslocar a diversos lugares, portanto devem ser vacinados. "Sabemos que a vacina oferece proteção contra influenza, que possui sintomas semelhantes ao coronavírus. Imunizando contra a influenza este público que está mais exposto ao vírus, os profisisonais de saúde podem descartar a possibilidade de ser influenza, caso este motorista venha a adoecer, e empenhar os esforços para diagnóstico ou tratamento da Covid-19", analisou o inspetor.
Ainda de acordo com ele, a vacinação está sendo realizada em diversos postos da PRF e nesta quinta-feira, 23, os policiais rodoviários também foram vacinados, pois se enquadram no público alvo nesta segunda fase da campanha.
"Já implementamos algumas estratégias para garantir a segurança à saúde de nossos profissionais, como por exemplo evitar contato com alguns objetos durante as abordagens. Não estamos mais pegando os documentos do motorista, apenas pedindo para que o próprio condutor segure e analisamos a legalidade e validade. Além disso, estamos utilizando equipamentos de proteção individual", encerrou Vagner Gomes.
As informações são da Secretaria Municipal de Comunicação