Pacientes com câncer de mama e em tratamento devem redobrar cuidados para evitar coronavírus, alerta mastologista

A médica Marisa Queiroz lembra que as mulheres com câncer de mama em tratamento já apresentam uma rotina especial de cuidados para evitar infecções. Usualmente, já fazem uso de máscaras, evitam aglomerações e contato com pessoas doentes, são mais atentas as mudanças no corpo e sintomas inicias de infecção. Mas ela ressaltou que para aumentar os cuidados e evitar o contágio do novo Coronavírus é necessário lavar as roupas que usou para sair sempre que chegar em casa; manter álcool gel na bolsa e usá-lo com mais frequência para higienizar as mãos; caso use peruca, ao sair, evitar passar as mãos nos cabelos, além de não entrar em casa com os mesmos sapatos que usou na rua.

A especialista destaca ainda que todas as recomendações para prevenção orientadas pelo Ministério da Saúde valem para as mulheres com câncer de mama em tratamento. Ela afirma que, assim como a população em geral, essas pacientes devem priorizar o isolamento social, mas alertou que devem dar continuidade ao tratamento oncológico.

“Ela deve manter o tratamento, mas com alguns cuidados como evitar aglomerações; usar máscaras sempre que for preciso sair de casa; evitar compartilhar objetos pessoais como talheres e copos; levar apenas um acompanhante quando for realizar a quimioterapia ou radioterapia e se possível, evitar transportes públicos.”

Medidas comportamentais, como sono adequado e alimentação balanceada, também são fatores importantes, segundo a médica, pois contribuem para manter a imunidade e são benéficas para manter o corpo com maior resistência a contrair infecções. Porém, Marisa Queiroz lembra que ainda não há estudos publicados que comprovem o impacto dessas medidas no combate ao Coronavírus.

A médica diz ainda que mulheres que passaram pelo tratamento do câncer de mama e estejam em remissão da doença, não pertencem ao grupo de risco. Mas diz que esse cenário sofre alteração caso essas mulheres apresentem complicações do tratamento como alteração de medula óssea e menor produção de leucócitos (células de defesa) e sequelas cardíacas e pulmonares.