Acorda Cidade
Foi publicado nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial, um decreto determinando à Superintendência de Gestão Prisional que oriente os diretores das unidades prisionais, junto aos servidores penitenciários e a população carcerária e seus respectivos familiares, sobre a situação do coronavírus, determinando, inclusive a suspensão das visitas nas unidades prisionais, inicialmente pelo período de 15 dias, a partir de amanhã, 19 de março, podendo ser prorrogado.
A determinação é devido a ameaça de proliferação do coronavírus. O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) disse que a medida foi adotada pelo Governo do Estado após apelo feito pelo próprio sindicato junto a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo Sinspeb, o secretário Nestor Duarte, informou que foram adquiridos materiais de prevenção ao coronavírus como máscaras, luvas, álcool em gel e sabonete líquido para proteção dos servidores, que serão testados diariamente nas prisões.
Em Feira de Santana, o diretor do conjunto penal, Capitão Allan Araujo, informou que atenderá a diretriz e cumprirá suspensão, adotando todas as medidas pertinentes e necessárias para que a ausência dos familiares seja superada. Ele informou ao Acorda Cidade que já fez uma reunião nos pavilhões informando aos detentos da decisão.
“A grande maioria dos internos compreende a necessidade, todos estão preocupados com a proliferação do coronavírus e sabemos que o sistema prisional é muito sensível. Essas contaminações por vírus são muito mais perigosas e eles sabem disso. A medida é importante não só para a saúde dos internos, mas também para as famílias que adentram ao sistema prisional para as visitas, além dos policiais penais”, destacou.
Segundo Allan Araújo, a decisão não foi unicamente da Secretaria de Administração Penitenciaria, mas dos diversos setores que cuidam do organismo estatal que envolve outras secretarias, como a de saúde.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade