Bahia

Fechado há mais de cinco anos, Hospital Espanhol vai ser usado para tratamento contra coronavírus

Unidade de saúde teve atividades suspensas em setembro de 2014 após crise financeira.

Acorda Cidade

Com atividades suspensas desde setembro de 2014, o Hospital Espanhol vai ser usado para o tratamento de pacientes com o coronavírus. Segundo a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE), a Justiça Federal autorizou a desapropriação da unidade médica.

De acordo com a procuradoria, o pedido da ocupação temporária da unidade médica foi acatado pelo juiz federal Iran Esmeraldo Leite.

O magistrado considerou que as alegações do governo Estado da Bahia caracterizam "claramente o perigo público necessário, determinante a impor que o direito de propriedade seja adequado à utilização em prol do interesse social transitório e urgente".

O documento afirma que o governo estadual vai ter que pagar uma indenização caso haja danos na unidade médica.

Em nota, o Governo da Bahia informou que vai fazer uma vistoria técnica na manhã da quarta-feira (18) para verificar a situação real e atual das instalações físicas e dos equipamentos da unidade médica.

O Hospital Espanhol entrou em crise em 2013 e, em setembro de 2014, a diretoria anunciou a suspensão de todas as atividades. Mais de dois mil funcionários foram demitidos e pacientes que estavam internados tiveram que ser transferidos para outras unidades de saúde da cidade.

O governador da Bahia na época, Jaques Wagner, assinou um decreto que declarou os imóveis pertencentes à Real Sociedade Espanhola de Beneficência, que administra o Hospital Espanhol, bens de utilidade pública, com o objetivo de impedir a venda da unidade.

A medida foi adotada depois que surgiram especulações de que a estrutura onde funcionava o hospital entraria para a rede hoteleira.

Durante o tempo em que ficou fechado, o estado perdeu 270 leitos, entre eles 60 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 12 de UTI Neonatal. O prédio, que pertence à Real Sociedade Espanhola, acumula, desde 2013, uma dívida de R$ 480 milhões.

Fonte: G1

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