Rachel Pinto
Mais de 70 mil fieis participaram da Caminhada do Perdão neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher em Feira de Santana. Uma missa campal realizada às 7h, na paróquia dos Capuchinhos reuniu os milhares de católicos e após esse momento eles seguiram pelas principais ruas e avenidas da cidade para o encerramento do ato, na paróquia do Senhor do Bonfim, Alto do Cruzeiro. O arcebispo Dom Zanone, recomendou durante a homilia, que os fieis evitem abraços e cumprimentos devido ao coronavirus. De acordo com ele, a igreja segue as orientações do Ministério da Saúde.
Apesar do calor que fez na cidade neste domingo, os fieis completaram o percurso da caminhada e expressaram a sua fé e o amor a Cristo.
A professora Rita de Cássia Costa, que é moradora da cidade de Conceição do Jacuípe disse que todos os anos vem a Feira de Santana para prestigiar o evento. Para ela, a Caminhada do Perdão é um momento de muita reflexão.
“Uma bela reflexão das coisas que estão acontecendo no mundo. Para que tenhamos paz e possamos perdoar o próximo, nosso irmão e mudar muitas coisas em nossa vida”, comentou.
A pedagoga Adriele Oliveira da Cruz, de Amélia Rodrigues também prestigiou o evento e veio a convite de uma amiga feirense acompanhada de uma irmã. Ela agradeceu a oportunidade de comemorar o Dia da Mulher com um momento de fé e religiosidade.
“Para mim foi uma grande honra participar disso aqui. Um dia de muita felicidade, na presença de Deus, com muita gente e demonstração de fé e perdão. O perdão é muito bom para a gente viver bem”, afirmou.
A professora Izamara Bastos relatou que a Caminhada do Perdão é um momento de extravasar os sentimento e se sentir próximo a Deus.
“Um momento de integração, de união, onde a gente olha para o outro com verdadeiro amor. É uma caminhada muito importante para Feira de Santana e para nós como seres humanos em geral. Todo dia é dia do perdão. O perdão precisa ser realizado todos os dias, não só hoje por ser o Dia da Mulher. A gente precisa aprender a valorizar, respeitar o outro e Deus pediu que “Amai-vos uns aos outros como eu te amei”. Por isso devemos seguir o exemplo dele”, acrescentou.
Para a professora, é fundamental que as pessoas possam respeitar umas as outras.
Evitar cumprimentos devido ao coronavírus
O arcebispo de Feira de Santana, Dom Zanone, explicou o que a Caminhada do Perdão representa para a igreja católica e de acordo com ele, o evento tem a presença da participação popular que expressa o desejo de reconciliação com Deus, com as pessoas e consigo mesmo.
Durante a homilia, ele ressaltou que em virtude dos casos de coronavírus que ocorrem no país e também em Feira de Santana, a recomendação no momento é que as pessoas evitem cumprimentos e abraços. Ele informou que essa recomendação é do Ministério da Saúde.
“São orientações do Ministério da Saúde a igreja deve ser parceira e colaboradora desse momento. Para evitar que o vírus seja transmitido. A maneira de transmissão é o contato, o abraço e a saliva. Por isso não estamos dando o abraço da paz. Não estamos apertando a mão. A nossa saudação é todo mundo tocando o pé do outro. Devemos nos proteger, lavar e lavar bem as mãos”, declarou.
Sobre o Dia 8 de Março, o religioso ressaltou a importância da data e da valorização das mulheres na sociedade.
“A Caminhada do Perdão um momento bonito, forte, um ponto alto na vida da igreja de Feira de Santana, da celebração da Quaresma. Está na sua 8ª edição e traz essa multidão de mais de 70 mil pessoas. Traz o nosso povo, a nossa gente, que quer reconciliar-se com Deus, integrar-se a si mesmo e tirar tudo aquilo que é sinal de egoísmo, orgulho, de pecado. Mas, sobretudo o compromisso com o outro, o tempo forte de oração, de jejum e de esmola. É justamente nesse tempo em que nós somos chamados a crescer no conhecimento de Jesus”, finalizou.
Com informações e fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.