Saúde

De difícil diagnóstico, câncer de pulmão é um dos mais difíceis de ser tratado

O médico radiologista, Gustavo Mota, destacou, em entrevista ao Acorda Cidade, que o câncer de pulmão não apresenta sintomas, o que dificulta o diagnóstico na fase inicial.

Ney Silva e Daniela Cardoso

O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de pele, não melanoma, que é o câncer que mais mata. Em Feira de Santana a Unacon (Unidade Avançada em Oncologia) da Santana Casa, atende muitos pacientes com câncer no pulmão.

O médico radiologista, Gustavo Mota, destacou, em entrevista ao Acorda Cidade, que o câncer de pulmão não apresenta sintomas, o que dificulta o diagnóstico na fase inicial. “Ele é um pouco traiçoeiro. Quando ele está apresentando sintomas, geralmente a situação já está avançada. É muito difícil descobrir um câncer de pulmão na fase inicial da doença, já que não tem sintoma, ou seja, está mascarado. É um câncer silencioso e de difícil diagnóstico”, alertou.

Segundo o médico, entre os sintomas, que só se apresentam em estágio mais avançado, estão a tosse, falta de ar e tosse com expectoração de sangue. “Nessa fase, o tumor já está avançando, dificultando a parte respiratória do paciente, por isso, os resultados do tratamento não são muito bons”, informou.

Tratamento

O médico Gustavo Mota disse também que devido a aproximação do pulmão com o coração, o tratamento se torna mais difícil. “Na fase inicial do câncer de pulmão tem o tratamento cirúrgico para retirada do tumor e o paciente tem uma chance grande de cura. Quando o tumor já está avançado não é possível fazer a cirurgia e se faz o tratamento de radioterapia e quimioterapia. Com esse tratamento tem chance de curar o paciente, porém menor, já que a doença já está avançada e tem que ter cuidado pela proximidade com o coração. Além disso, existem quimioterápicos que mexem com a função cardiológica do paciente”, explicou.

Ele afirmou que o tratamento é bem delicado, podendo ser feita uma cirurgia quando descoberto em fase inicial, ou através da radio e quimioterapia. “Quando se faz a cirurgia, não é simples, tem um tempo cirúrgico alto e uma recuperação longa. o tratamento de radioterapia e quimioterapia também pode ser demorado. Às vezes não tem como fazer junto, tem que fazer as etapas separadas, então é um tratamento longo e delicado. Além disso, tem que ter todo um cuidado, pois tem efeitos colaterais que podem vir a causar inflamação do pulmão, diminuição da função pulmonar e pneumonia”.

Prevenção

Uma das maneiras mais eficientes de prevenção para o câncer de pulmão, segundo informou o médico, é parar de fumar. De acordo com Gustavo Mota, o cigarro é a grande causa da doença. “A prevenção é parar de fumar. Além do câncer de pulmão, o cigarro traz outras doenças, então temos que conscientizar a população”, alertou.

Reincidência

A reincidência do câncer de pulmão, de acordo com o médico radiologista, vai depender muito dos hábitos de vida do paciente. “Se ele continua a fumar, tem o risco maior de ter um segundo tumor ou de reincidência. Se ele para de fumar, as chances são bem menores, então vai depender da força de vontade do paciente”, disse o médico Gustavo Mota. 

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