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Polícia apresenta acusados de matar lavradores em Crisópolis

Eles confessaram o crime e mostraram aos policiais o local onde se encontravam as armas e o material usado no crime.

Acorda Cidade

Foram apresentados pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (18) quatro dos cinco acusados de serem responsáveis pela chacina que resultou na morte de sete pessoas no povoado de Genipapo, em Crisópolis, a 215 km de Salvador. O crime aconteceu na madrugada do dia 5 de fevereiro deste ano, quando as sete vítimas jogavam dominó na casa do lavrador Abelardo de Jesus Xavier, de 41 anos.

Os seguranças Bento José de Souza, de 38 anos, conhecido como Bentinho, Gidenilson da Silva Santos, 38, conhecido como Nego Deni, José Agnaldo dos Santos Silva, 33, conhecido como Zé de Lia, e um empresário de 33 anos, foram presos nesta quinta-feira, 17, na cidade de Olindina, a 209 km de Salvador, onde todos moravam e os três seguranças trabalhavam em uma empresa clandestina chamada Águia.

O quinto acusado do crime é o Sargento da Polícia Militar Raimundo Alves da Costa, que servia à 6ª Coorpin, de Rio Real, mas prestava serviço em Crisópolis. O sargento foi preso na manhã de hoje e será apresentado, ainda hoje, na 2ª Coorpin de Alagoinhas. De acordo com Ricardo Brito, coordenador da 2ª Coorpin de Alagoinhas, que investiga o crime, Raimundo Alves foi o responsável pela logística do crime e também é o dono do carro usado pelos bandidos, um Fiat Palio de placa JMZ-6080.

Ainda segundo informações do coordenador Ricardo Brito, os quatro homens vinham recebendo ameaças de morte de Edvânio Neves (filho de Abelardo de Jesus Xavier) e outro rapaz, Edson Fonseca, ambos com histórico de furtos na região.

Ao chegarem ao local do crime, não encontraram os rapazes que procuravam. Então, o sargento Raimundo Alves teria mandado que os homens executassem todos os presentes na casa porque todos eram culpados. No entanto, nenhuma das vítimas tinha passagem pela polícia.

Durante a prisão, nenhum dos quatro homens ofereceu resistência. Eles confessaram o crime e mostraram aos policiais o local onde se encontravam as armas e o material usado no crime. Junto com os homens, foram apreendidas duas pistolas 9 mm (de uso exclusivo das Forças Armadas), uma pistola .40 (de uso exclusivo da polícia e com numeração raspada), um revólver .38 com numeração raspada, cinco carregadores, munição, três rádios comunicadores, dois celulares,  três carregadores de celular, um colete a prova de balas e o Palio utilizado no crime.

O delegado-chefe da Polícia Civil, Hélio Jorge, e o responsável pela Delegacia de Homicídios, Arthur Gallas, compareceram à apresentação dos criminosos. Segundo Hélio Jorge, as armas apreendidas serão encaminhadas para a perícia para confirmar se elas foram, de fato, as utilizadas na chacina. “O inquérito está concluído e vamos aguardar apenas o resultado da perícia para encaminhá-lo à Justiça”, afirmou.

Chacina – O assassinato dos lavradores José do Monte, de 66 anos, Jorge Batista do Monte, 42, Sivaldo Neves do Monte, 39, Evanildo Dantas do Santos, 20, José Nilton de Souza, 32, Abelardo de Jesus Xavier, 41, e Ailton Moraes da Silva, 16, aconteceu na casa de Abelardo quando os sete homens jogavam dominó, na madrugada do dia 5 de fevereiro deste ano.

A casa onde eles estavam foi invadida por quatro homens encapuzados que se diziam policiais e afirmavam procurar por uma arma. Os bandidos executaram os sete lavradores, atiraram em motocicletas das vítimas e fugiram do local em um Fiat Palio.

Na época, os familiares da vítimas já afirmavam que nenhum deles tinha passagens pela polícia.

As informações são do A Tarde

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