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De acordo com a equipe de professores e alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalha no Projeto “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica de Feira de Santana”, o valor da cesta em janeiro foi de R$ 333,24, o que representou uma elevação de 2,54% em comparação ao custo de dezembro de 2019. Dos 12 produtos pesquisados, nove apresentaram preços médios superiores em janeiro, quando contrapostos aos preços coletados em dezembro.
Do conjunto dos produtos alimentares pesquisados (açúcar, arroz, banana-da-prata, café, carne, farinha de mandioca, feijão, leite, manteiga, pão, óleo e tomate), tomate e açúcar foram os dois produtos que apresentaram altas superiores a 10% nos seus preços médios. A elevação observada no preço médio do tomate foi de 14,84% e a do açúcar foi de 11,21%. Também foram significativas as altas verificadas no óleo (5,21%), na farinha de mandioca (4,58%) e na banana-da-prata (4,24%).As quedas de preços notadas ficaram restritas ao leite pasteurizado (-4,50%), arroz (-1,07%) e carne (-0,88%).
O custo dos três produtos básicos que compõem o almoço do cidadão feirense, arroz, feijão e carne, foi responsável por 38,12% do valor da cesta básica de janeiro. Já os quatros itens tradicionalmente encontrados no café da manhã, pão, manteiga, café e leite, responderam por 31,86% da mesma cesta. Reunidas as duas refeições básicas (almoço e café da manhã), constata-se uma pequena queda da participação relativa dessas refeições no custo da cesta básica de janeiro (69,98%), frente à importância levantada em dezembro de 2019 (71,82%).
No que se refere à relevância do valor da cesta básica no novo salário mínimo líquido de R$ 955,88 (valor obtido após os descontos previdenciários que incidem sobre o valor bruto), constata-se um comprometimento de 34,90% em janeiro. Esse percentual é um pouco menor que o calculado em dezembro (35,4%). Vale notar que essa queda de comprometimento é explicada pelo efeito da elevação do salário mínimo exatamente nesse mês. Para a aquisição da cesta, o trabalhador que recebe o salário mínimo precisou despender 76 horas e 41 minutos do seu tempo de trabalho. Trata-se de um tempo de trabalho inferior ao calculado no mês anterior, pouco mais de uma hora, fato também vinculado à mudança de patamar do salário mínimo.