Andrea Trindade
Conforme definido na assembleia da última terça-feira (4), policiais civis e penais iniciam nesta sexta-feira (7), a partir das 7h, mais uma paralisação de 24 horas contra aprovação da PEC 159/2020. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Reivon Pimentel, os policiais civis estarão paralisando em solidariedade aos policiais penais.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
“Na assembleia unificada do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc) e o Sinspeb, no dia 4, ficou deliberado que faríamos esta paralisação, mas de imediato entraríamos em estado de greve e, estando em estado de greve, a gente pode deflagrar uma greve geral a qualquer momento. Só vai depender da sinalização do Governo do Estado da Bahia pois caso o governador atenda as nossas reivindicações, é claro que não seremos irresponsáveis e deflagrar uma greve”, disse.
Reivon informou ao Acorda Cidade que 30% do efetivo que atua no Conjunto Penal de Feira de Santana estará atuando para atender necessidades básicas de presidiários.
“O Conjunto Penal de Feira de Santana é uma panela de pressão prestes a explodir. Por conta desta situação, nós manteremos os 30% do nosso efetivo para atender os apenados em suas necessidades básicas como alimentação, atendimento médico de urgência e emergência e cumprimento de alvará soltura. Todas as demais atividades estarão suspensas. No sábado às 7h da manhã retorna a normalidade dos serviços”, explicou.
Ele informou também que a categoria pode aderir a uma greve geral.
“Na assembleia foi deliberado também que faremos uma assembleia na semana do Carnaval onde avaliaremos o movimento iniciado hoje, e poderemos deflagrar outra paralisação ou até mesmo uma greve geral. Neste aspecto os demais sindicatos do estado da Bahia e centrais sindicais também estarão fazendo suas assembleias e a depender da resposta dada pelo governo, o carnaval a Bahia poderá presenciar uma greve geral de todos os sindicatos”, afirmou.
O presidente do Sinspeb declarou que a reforma previdenciária estadual foi desnecessária.
“O governador tem sido insensível aos pleitos dos servidores públicos do estado. Prova disso é a forma como a qual foi concedida a reforma da providência, de maneira truculenta, ditatorial e desnecessária. Até mesmo porque em 2015 o governo já havia feito uma reforma previdenciária e já estava enquadrada na nova forma imposta pela PEC 104. Não havia necessidade, neste momento, de uma reforma previdenciária no estado” destacou.
Os policiais penais protestam também contra a punição dos policiais penais Baltazar Felipe (Coordenador do Sinspeb) e Ithamar Cruz com 90 e 60 dias de suspensão, respectivamente.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade