Andrea Trindade
O funcionário da Pedreira Rio Branco, que sobreviveu a explosão na última sexta-feira (31), Roberto da Silva esteve na 2ª Delegacia Territorial (DT) em Feira de Santana, nesta quarta-feira (5), e prestou depoimento sobre o acidente. Ele foi ouvido pelo delegado Alisson Carvalho.
Segundo o delegado, Roberto estava com a engenheira Cibelle Araújo Lêdo, 35 anos, que morreu no local. O delegado informou também que um veículo foi danificado por conta do impacto da explosão e foi apreendido para ser periciado.
Delegado Alisson Carvalho | Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
“Roberto alegou que estava trabalhando com a engenheira naquela data. Inicialmente fizeram uma detonação por volta de 14h e com essa detonação sobrou um material explosivo. Após essa situação a engenheira realizou uma reunião com os proprietários da empresa e foi decidido que aquele material explosivo seria descartado.Havia ali oito caixas de explosivos de 25g cada uma, para ser descartada. O descarte foi feito por meio de queima, e não de detonação. Ele seria simplemente queimado até o material se deterionar. Entretanto, Roberto alegou que ela foi para o local de queima onde ele colocou o óleo e ela ateou fogo neste material e ficou com altura de aproximadamente um metro. Ele disse que se afastou do local com um balde de óleo e quando ele já estava aproximadamente entre seis e sete metros ele olhou pra tras e se assustou quando viu a espoleta pegando fogo junto com o material. Logo em seguida ocorreu a explosão”, relatou o delegado em entrevista ao Acorda Cidade.
O delegado destacou que as investigações continuam em andamento e que inúmeras diligências já foram realizadas. Além disso, ele aguarda também os resultados dos laudos periciais.
“Ainda estamos buscando outras pessoas para serem ouvidas para termos uma conclusão definida do que de fato aconteceu e ainda temos que alinhar ao laudo cadavérico. Apesar de que já temos algumas informações de que no ato da explosão ela tentou se defender, mas não descartamos nenhuma hipótese do que pode ter acontecido. O impacto da explosão foi muito grande. O veículo que estava há aproximadamente dez metros do local e foi extremamente danificado, então nós vimos que foi uma explosão grande. O sobrevivente também estava há aproximadamente seis metros e também ficou bastante machucado”, disse o delegado Alisson Carvalho.
Alisson disse também que o sobrevivente confirmou que a engenheira e ele não estavam usando o Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Ele disse que, na verdade, que já tinha ido tomar banho para ir a sua residência. Os resultados dos dois laudos sobre o acidente ainda não foram divulgados. Vale lembrar que estão sendo realizados dois laudos. Um laudo de local, o perito esteve aqui, já tive uma conversa com ele é uma pessoa extremamente capacitada. Ele está nos auxiliando com informações sobre os explosivos e também há o laudo na necropsia. Metade da carga explosiva pegou pelo menos na lateral dela. Isso significa que ao menos ela tentou se defender. Em tese não houve nenhuma intenção dolosa dela, de que isso pudesse acontecer. Vamos aguardar os laudos para confirmar estas informações. Ainda é muito cedo para fazer qualquer tipo e afirmação neste sentido”, concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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Confira abaixo a nota de esclarecimento enviada pela empresa