Feira de Santana

Jornada pedagógica debate o papel transformador da educação para a sociedade

A jornada pedagógica promovida pelo Colégio Santo Antônio teve a participação de cerca de 300 pessoas.

Acorda Cidade

Professores e diretores de escolas particulares e públicas de Feira de Santana participaram de uma jornada pedagógica promovida pelo Colégio Santo Antônio. O evento ocorreu no auditório de um hotel da cidade e teve a participação de cerca de 300 pessoas.

O frei Cristovão Lima, diretor do Colégio Santo Antônio, explicou que decidiu realizar a jornada integrada com a participação de outras escolas para enriquecer o evento e mostrar que a educação é feita através da união.

“Nós acreditamos que sonhar juntos faz com que o sonho se realize, se materialize e se concretize de uma forma muito mais relevante. Quando nós pensamos na Jornada Pedagógica esse ano no Colégio Santo Antônio, nós convidamos o professor Celso Vasconcelos e o nosso desejo, o nosso sonho, era socializar essa palestra com os professores de todas as escolas. Convidamos e ficamos gratos com a receptividade com que as principais escolas de Feira de Santana e universidades estiveram presentes. Isso enriqueceu muito a Jornada Pedagógica do Colégio Santo Antônio. Demonstrou que a nossa jornada não é somente particular, do colégio, mas é um pacto pela educação. A gente acredita que no momento em que nos unimos pela educação, nós estamos assumindo essa responsabilidade de transformar a sociedade juntos”, salientou.

O frei comentou também que a união das pessoas envolvidas com educação faz a força e isto não é uma questão de concorrência, mas de fortalecimento e consciência de que o educador é um agente de transformação.

O palestrante da jornada pedagógica foi o doutor em educação e mestre em filosofia da educação e história, Celso Vasconcelos, de São Paulo. Ele frisou que os desafios da educação são enormes e abrangem desde a tarefa do professor de ajudar o aluno na aprendizagem, como no desenvolvimento humano e crítico. Englobam também questões sociais como a desigualdade, formação de professores e a própria valorização da categoria. Para ele, a grande luta é principalmente que a sociedade perceba que a educação é a única saída para o desenvolvimento.

 

“Eu entendo que a luta para superar esses desafios tem que estar em todos os âmbitos, que vai da esfera da política, passa pelo âmbito da profissão, organização da categoria em sindicatos, em associações profissionais, passa pela questão da universidade, pela questão da comunidade, da escola, da gestão escolar, do trabalho do professor, do aluno, da organização dos alunos em representantes de classe, em grêmio. Que o conselho de escola de fato valorize, o conselho estadual de educação seja valorizado e tenha efetividade, afirmou.

Celso Vasconcelos falou ainda sobre a questão da educação como prioridade. Ele afirmou que são colocadas outras questões como prioridade e lembrou que mesmo que essas questões sejam importantes, é através dos investimentos em educação que outros setores vão evoluir e melhorar.

“Quando se investe em educação, a tendência é diminuir a violência, melhorar a questão do emprego, qualificação das pessoas. Mas, grande parte da população ainda não vê. Se a população não vê isso, os políticos também não priorizam e não valorizam. É fácil acusar um político de não valorizar a educação e a gente tem que apontar isso porque é papel dele, uma vez que ele assumiu a própria constituição. As leis do país apontam a importância, o valor da educação, inclusive os recursos, mas isso vai ficar muito frouxo se não houver aquela pressão. A população precisa fazer essa cobrança”, opinou.

O professor Celso Vasconcelos afirmou ainda que é preciso que a sociedade e os gestores tenham sensibilidade e percebam que a educação é a única saída.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade. 

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