Feira de Santana

Acusado de homicídio no Papagaio é condenado a 29 anos e 3 meses de prisão

A defensora pública Fernanda Morais afirmou que a defesa recorreu com relação ao cálculo da pena.

Acorda Cidade

O Tribunal do Júri da Comarca de Feira de Santana julgou nesta terça-feira (28) Hamilton dos Santos, conhecido como ‘Pito Negão’. Ele é acusado de ter matado no dia 11 de janeiro 2018, por volta das 18h, na Rua Pardal no bairro Papagaio, Jucicleiton Meireles da Silva, com diversos disparos de arma de fogo.

Segundo consta na denúncia do Ministério Público, a vítima se encontrava conversando com amigos quando foi surpreendida por Hamilton e um comparsa, identificado pelo prenome Ricardo, que já chegaram deflagrando os tiros atingindo o Jucicleiton fatalmente.

Ainda consta na denúncia do MP que o acusado Hamilton dos Santos suspeitava de que a vítima era o autor do homicídio contra o irmão dele, Wilton de Sena Matias, em razão de estar tendo uma relação amorosa com a esposa do mesmo, teria matado Jucicleiton por vingança.

Na presidência do júri esteve a juíza Márcia Simões Costa e na acusação a promotora de justiça Semiana Cardoso. Na defesa do réu, a defensora pública Fernanda Morais. O Conselho de Sentença condenou o réu Hamilton dos Santos Matias com uma pena aplicada de 29 anos e 3 meses de reclusão a ser cumprida no Conjunto Penal em regime fechado.

A defensora pública Fernanda Morais afirmou que a defesa recorreu com relação ao cálculo da pena. “No entendimento da defensoria pública houve alguns equívocos na realização da dosimetria da pena. Nesse julgamento a tese da defesa foi única. O acusado confessou a prática do delito, forneceu detalhes de maneira rica justamente por ter consciência de que seria condenado. Entretanto a defesa entende que a aplicação da qualificadora do motivo torpe, não condiz com a realidade, pois o que motivou Hamilton a praticar a conduta foi o desejo de que fosse dada alguma providência com relação a elucidação do homicídio do irmão dele, que ele acreditava que a vítima deste crime tinha um envolvimento com a morte do irmão. A gente entende que esse sentimento não pode ser considerado torpe”, afirmou.

A promotora de justiça Semiana Cardoso afirmou que o resultado já era esperado, mas que a pena ficou um pouco acima do que normalmente é adotada pelo juízo. Segundo ela, o Ministério Público vai pedir pra ser adotado outro critério, assim como a defesa, para que a pena gire em torno do que normalmente é aplicada. “É possível que outras condenações que ele já tinha, possa ter contribuído para a pena. Geralmente quando o réu é primário, o Conselho de Sentença tende a dar uma pena menor, absorver, mas réus com histórico de crimes anteriores, acabam gerando um sentimento maior de necessidade de punição para os jurados”, disse. 

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade 

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