Feira de Santana

Motorista de alternativo é contra reajuste da tarifa do transporte público

Dinho do Alternativo frisou que é preciso que o poder público coloque o sistema também com a bilhetagem eletrônica e possa rever os valores que são cobrados pelo GPS.

Rachel Pinto

Atualizada às 14h15

A proposta de reajuste da tarifa do transporte público de Feira de Santana foi anunciada em reunião do Conselho Municipal de Trânsito (CMT) na manhã da última sexta-feira (3). Ficou definido um reajuste de 5,156% e os valores da passagem podem passar de R$ 3,60 para R$ 3,78, para quem paga no cartão ViaFeira e R$ 3,95 para R$ 4,15 para quem paga no dinheiro. Os distritos de Bonfim de Feira, Tiquaruçu e Jaguará, a tarifa que atualmente é de R$ 4,44 pode passar para R$ 4,65.

Dinho do Alternativo participou da reunião representando a categoria e disse que o transporte alternativo é contra o reajuste da tarifa. Na opinião dele, o aumento é inviável em virtude da concorrência com os aplicativos de transporte e o sistema de transporte alternativo tem demandas que vão além do ajuste. Ele frisou que é preciso que o poder público coloque o sistema também com a bilhetagem eletrônica e possa rever os valores que são cobrados pelo GPS.

“Na verdade o que o nosso transporte alternativo está precisando não é de aumento de passagem. É que venha bilhetagem eletrônica, diminua o valor do GPS que está extorquindo o transporte. O GPS no mercado paralelo está custando R$50 e nós estamos pagando R$ 300 no GPS. Isso é um absurdo e não aceitamos. Precisamos também que o poder público olhe para a gente com mais dignidade. Nós servimos esse município com muita responsabilidade e estamos iniciando um momento delicado. Estamos movimentando dinheiro em espécie e não temos direito a bilhetagem eletrônica, estamos lutando há vários anos e não temos esse direito. É isso que o transporte quer e não o é aumento de passagem”, frisou.

Dinho também destacou que o a falta de bilhetagem eletrônica no sistema incentiva a ocorrência de assaltos nos transportes. Para ele, a movimentação do dinheiro em espécie é um fator que traz insegurança para a categoria.

“A insegurança é terrível e a gente movimentando em espécie está dando espaço para os meliantes virem atrás dos alternativos. Já houve casos de vans sequestradas e saqueadas com passageiros. Estamos incentivando que as pessoas deem queixa e que as companhias possam ir na direção certa e fiscalizar. O dinheiro em espécie incentiva o meliante”, concluiu.

Ao Acorda Cidade, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Saulo Figueiredo, infirmou que a porcentagem do reajuste não foi questionado durante a reunião do conselho e que cabe ao prefeito Colbert Martins da Silva decidir sobre o valor do reajuste. Ele disse ainda que a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica no transporte alternativo já está sendo avaliada.

Leia também: SMTT propõe aumento de mais de 5% nas tarifas de ônibus em Feira de Santana

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade 

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