Feira de Santana

Figuras populares feirenses são homenageadas em exposição na Getúlio Vargas

Quase duas dezenas de quadros coloridos, feitos com material reciclado, com o informações sobre os personagens podem ser vistos na avenida Getúlio Vargas, no trecho entre a avenida Maria Quitéria e a rua Juracy Magalhães.

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Figuras conhecidas no passado pelos feirenses, como Noratinho da Pamonha, Luizinho Sapateiro, Maria Doida, Niceto e Nicinha, Helena do Bode, entre outros, estão sendo homenageados na exposição “Figuras populares”, do artista plástico Luciano dos Anjos.

Quase duas dezenas de quadros coloridos, feitos com material reciclado, com o informações sobre os personagens podem ser vistos na avenida Getúlio Vargas, no trecho entre a avenida Maria Quitéria e a rua Juracy Magalhães. Foram colocados pendurados nas árvores ou no passeio.

Numa mensagem colada numa árvore, o artista, que já fez outras exposições em espaços públicos, afirma transformar lixo em cores e obras de arte produzida com sobras. Está na atividade há sete anos.

Apenas no quadro dedicado a Noratinho ganhou uma pequena biografia. O personagem morreu com mais de cem anos e era conhecido pelos feirenses tanto pelas pamonhas que vendia como a cantiga que entoava enquanto empurrava pelas ruas o carrinho cheio da iguaria.

“Coco, açúcar, canela, cravo, manteiga?, gritava Noratinho, rua afora. Não! “Não vai comer galinha hoje, homi?”, afirmava Helena do Bode. Outra frase: “cachaça não é diversão”.

No comunicado, escreveu a essência da sua mostra: “Se queres ser universal comece a cantar a sua aldeia”, do escritor russo Tolstoi. A exposição “Figuras populares” não canta apenas a aldeia, mas seus personagens, quase ilustres desconhecidos entre os conterrâneos.

Também escreveu: “traduzir em textos estas figuras populares é algo gratificante. Só que a loucura é tida como algo distante”. As figuras trajam roupas semelhantes às usadas pelos cangaceiros. Aliás, os personagens tem perfis do povo catingueiro.

Para o prefeito Colbert Martins Filho a iniciativa democratiza o acesso a arte. "Além de ser uma maneira muito interessante de fazer a população relembrar dessa pessoas que marcaram época em nossa cidade, ou até mesmo apresentar essas figuras populares aos mais jovens", avalia.  

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