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Agência Brasil – O percentual de famílias que contraíram dívidas no cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação da casa alcançou 65,1% em novembro, um aumento em relação aos 64,7% observados em outubro. Também houve alta em relação a novembro de 2018, quando o indicador chegou a 60,3% do total de famílias.
Os dados foram divulgados, hoje (5), pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a pesquisa, o percentual de famílias endividadas inadimplentes, ou seja, com dívidas ou contas em atraso, diminuiu em novembro na comparação com o mês anterior, de 24,9% para 24,7% do total, interrompendo uma sequência de quatro altas mensais consecutivas. No entanto, houve aumento do percentual de famílias inadimplentes na comparação com novembro de 2018, quando 22,9% estavam inadimplentes.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, continuariam inadimplentes, aumentou na comparação mensal para 10,2% em novembro, ante 10,1% em outubro. O indicador foi de 9,5% em novembro de 2018.
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 64,4 dias em novembro deste ano, inferior aos 64,6 dias em novembro de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de sete meses, sendo que 32,7% delas estão comprometidas com dívidas por mais de um ano, de acordo com a CNC.
O cartão de crédito foi apontado em primeiro lugar como um dos principais tipos de dívida por 78,8% das famílias endividadas, seguido por carnês, com 15,7%, e financiamento de carro, 9,2%.
“A redução das taxas de juros do crédito, associada à melhora no emprego formal, proporciona condições para a continuidade da tendência de aumento do crédito e do endividamento das famílias. O recuo do percentual das famílias com contas em atraso reflete, além da redução do custo do crédito, a sazonalidade favorável do período em relação ao emprego e à renda. Já o aumento dos indicadores de inadimplência na comparação com o ano anterior reflete o maior comprometimento de renda das famílias com as dívidas e a piora da percepção em relação ao endividamento”, explicou, em nota, a economista da CNC Marianne Hanson.