Política

Provocado por Zé Neto e Robinson Almeida sobre o BRT, Colbert rebate e critica falta de segurança em Feira de Santana

"Não dá pra ter tido mais de 300 homicídios em feira de Santana no ano passado e mais de 300 este ano", frisou o prefeito.

Orisa Gomes

As críticas feitas pelo deputado federal Zé Neto (PT) e estadual Robinson Almeida (PT) ao atraso nas obras do BRT de Feira de Santana foram rebatidas pelo prefeito Colbert Martins, que além de contestar os parlamentares, apontou para a falta de segurança e obras do governo do estado inacabadas no município.

Em audiência pública promovida pelos parlamentares na última segunda-feira (3), para discutir as dificuldades e desafios do Transporte Coletivo de Feira de Santana, Zé Neto disse que os recursos para as obras do BRT foram usados de forma indevida. Já Robinson chegou a afirmar que se a prefeitura não resolver esse problema, o governo do estado vai ter que intervir.

No contraponto, em entrevista ao Acorda Cidade nesta quarta-feira (3), Colbert ressaltou que os recursos estão sendo aplicados e que na última semana esteve em Brasília com o ministro Gustavo Canuto, do Ministério do Desenvolvimento Regional, tratando sobre o assunto. “Se o deputado José Neto tem algum questionamento sobre a aplicação dos recursos do BRT, é só fazer que nós explicaremos da melhor forma”, frisou.

Quanto às declarações de Robinson, o prefeito tentou descredibilizar, afirmando que o deputado não conhece Feira e caiu na cidade de pára-quedas. “Agora veio com essa história de passar o BRT para o governo do estado. O governo do estado nem segurança dá a cidade, que é assalto em tudo quanto é canto, até em posto de saúde. O governo do estado acabou com o CIS (Centro Industrial do Subaé), têm 16 anos que não consegue acabar o Centro de Convenções… Passar para o governo do estado o BRT para quê?”, questionou acrescentando que quer salvar o BRT e isso não vai acontecer se passar para o Estado.

Ainda em crítica a falta de segurança em Feira de Santana, Colbert comparou a situação da cidade com Salvador. “Entre a Barra e Itapuã têm cinco companhias independentes. Feira de Santana todinha tem quatro. É preciso maior quantidade de policiamento em nossa cidade. (…) É um olhar de falta de compromisso e de falta de responsabilidade. Feira de Santana é a segunda maior cidade da Bahia. Falta responsabilidade do governo do estado com a nossa segurança pública. Não dá pra ter tido mais de 300 homicídios no ano passado e mais de 300 este ano”, criticou.  

Em 2019, Feira de Santana já registrou 305 homicídios e 11 latrocinios, totalizando 316 assassinatos. 

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